Olá novamente! 🙂 Como vão?
Hoje fazem exatamente 1 ano e 7 meses que desativei meu Facebook. Por isso, resolvi repostar o que escrevi na época sobre meus pensamentos, sentimentos e conclusões a respeito da rede social em questão. Então, vamos a repost:
Post escrito originalmente em 27 de janeiro de 2016.
Na madrugada de ontem para hoje, após dois anos ausente, finalmente eu desativei meu Facebook.
Em várias postagens, aqui no blog, já expressei vários contras de se usar esta Rede Social. Obviamente, existem seus prós também. Afinal, o costume “normal” atualmente é estar nesta rede. A comunicação, atualmente, é quase que exclusividade desta (e do Whatsapp, que também não uso). E, por isso, sei que sentirei falta de muitas pessoas queridas que estava adicionadas no Face.
Mesmo assim, decidi desativá-lo. Se é definitivo só o tempo dirá, mas por hora é algo que pretendo manter.
No entanto, este post não tem como objetivo falar dos pontos negativos do Face e nem sobre o comportamento atual da sociedade em relação às redes sociais. Como disse, já discorri sobre isso em posts anteriores, e tenho ciência de que muita gente já percebeu isso.
O que quero transmitir nesta publicação, são os sentimentos de um “ex-viciado” em Facebook.
Quando se está vinculado a esta Rede Social, tudo passa a girar em torno dela (quer o usuário perceba, ou não). Uma das provas disso é o fato de se estar atento ao celular o tempo todo. Qualquer sinal de mensagem ou solicitação oriunda do Face, já é motivo de se parar o que está fazendo para ver (a curiosidade é uma das características do ser humano, isso é fato), e se for o caso, responder.
Esse comportamento, que foi possibilitado graças ao Facebook ter se tornado algo vinculado aos celulares, smartphones e tablets, passa a gerar uma necessidade de imediatismo. Espera-se uma resposta rápida, caso contrário, há um certo sentimento de decepção (mesmo que não queiramos admitir ou perceber). Não raramente, quando a resposta vem tardia, perde-se a vontade de prosseguir com a conversa.
Quando passei a usar menos o Facebook, não foram poucas as vezes que fiquei no vácuo por demorar para responder. E, pelo que leio em comentários, há casos em que a pessoa até deleta a mensagem que não foi respondida imediatamente. (Não sei se isso aconteceu comigo! xD).
Sobre esse aspecto, nesses dois anos que fiquei ausente na rede social, percebi o quão estressado ficava, estando preocupado se alguém me escreveu ou não, e com a “responsabilidade” de responder o mais rápido possível. Ao deixá-la, passei a não ter que me desgastar com isso. Fiquei surpreso, mas senti até um certo alívio.
Lembrando da época do falecido orkut, senti saudades. O orkut não estava nos celulares, então as pessoas sabiam que a respostas do scrapbook escrito poderia demorar, já que é impossível estar conectado no PC o dia inteiro. Não havia expectativa de uma resposta imediata, então, a demora era compreendida. O mesmo vale para as correspondências por e-mail e, mais antigamente, por cartas.
Não havendo essa expectativa, mesmo que entrássemos no orkut para ver algo rápido (ou urgente), podia-se deixar para responder mais tarde, quando pudesse acessar com mais tranquilidade. No entanto, fazer isso no Facebook pode não ser uma boa ideia (mesmo porque, o Face avisa se a pessoa visualizou a mensagem, por exemplo).
Quero ressaltar que estou consciente que existem exceções. Nem todas as pessoas agem dessa forma, mas estou dizendo de modo geral. Largar o Face me fez perceber isso. Eu mesmo, sem querer, tinha essa expectativa.
Outra preocupação que o Facebook proporciona é “o que compartilhar/postar?“. A ferramenta “curtir” é, na verdade, como um medidor de audiência do que foi postado. Receber muitas “curtidas” é algo bom, faz o usuário sentir-se bem (já li alguns estudos psicológicos sobre isso, infelizmente não anotei o link. Mas, é essa sensação que disfarça sentimentos como a solidão, por exemplo).
Para receber curtidas vale tudo, postar mensagens de sabedoria (geralmente, de terceiros), ou fotos/postagens fofas. Pode ser algo engraçado, ou com apelo sensual. No entanto, consciente ou inconscientemente, o objetivo de postar é receber “curtidas”. E o que é postado, nem sempre corresponde ao que a pessoa é de verdade. Passou-se a tirar foto até de comida, ou de qualquer coisa que esteja fazendo, para atingir este.
Há quem diga que deseja compartilhar com os amigos a comida gostosa que está saboreando. Tudo bem, mas tentem se lembrar de quando não existia Face. Quem é que ficava fotografando o que comeu no almoço para mostrar para os amigos depois? Era mais normal comentar “a comida de tal restaurante é gostosa”. Isso é até bom, pois, torna-se a oportunidade para uma conversa gastronômica. (Conversar é algo social! ^.^ E faz bem!).
No Facebook, nunca vi um diálogo começar em uma foto de comida, se vi, foram raras essas ocasiões. Geralmente apenas curte-se ou comenta-se coisas simples como: “parece gostoso”, “está judiando de nós”, etc.
Não estou criticando, pois eu mesmo fiz muito isso, e ainda faço vez ou outra, no Instagram. Estou apenas expondo o que refleti nos dois anos que vivi sem o Face.
Afastando-me das redes sociais, passei a não me importar mais com curtidas. Não fico procurando coisas interessantes para fotografar e postar. Apenas compartilho coisas de meu interesse, ou que EU achei interessante. Se as pessoas curtirem, legal! Fico feliz e agradecido! Caso contrário, significa apenas que tenho um gosto diferente da maioria! O que acho ótimo! Afinal, não precisamos e nem devemos ser todos iguais.
Outro ponto, é que há momentos na vida que devem ser curtidos no instante que está ocorrendo. Porém, como há a vontade de registrar, a gente acaba perdendo um pouquinho da experiência de vivenciar aquele momento plenamente, já que estamos ocupados fotografando/filmando e, em seguida, postando nas redes sociais.
Sinceramente, sinto-me bem mais aliviado e feliz sem Facebook.
Obviamente, há coisas que pesaram na hora de desativar. Fiquei triste por perder contato com muita gente legal, por quem tenho grande carinho! Peguei e-mail/celular de algumas pessoas, poderei comunicar-me com elas, no entanto, sei que não será a mesma coisa (pelo menos, com a maioria).
Também me surpreendi com outras pessoas (algumas, que tenho grande consideração), que fiz questão de escrever e passar meu contato, mas que não me responderam, apesar de terem visualizado a mensagem. Pergunto-me se esqueceram-se de mim? Ou ficaram bravas por ter ficado ausente por tanto tempo? (Ao meu ver, se uma pessoa querida “some”, a reação normal seria se preocupar, ou indagar o motivo, e não ficar bravo! xD). Mas enfim, cada pessoa tem o seu motivo, como desconheço a verdadeira razão, nada posso dizer sobre. (Embora eu ache falta de educação…). Todavia, há uma pesquisa que diz que apenas 27% dos “amigos” do Facebook são realmente amigos. Talvez estas fizessem parte dos 73% restantes! xD (Veja a pesquisa aqui).
Por outro lado, pude perceber o carinho de outras pessoas, que se tornaram ainda mais queridas para mim, ao saberem que eu estava deixando o Facebook. Esse ponto é o mais importante e gratificante para mim! 🙂
Outro aspecto que eu notei que “prende” as pessoas no Face, é a vontade de saber sobre a vida alheia (isso é uma característica mais marcante do povo brasileiro, vide o sucesso do programa BBB e genéricos, por exemplo…). Muitos não largam o Face, pois querem ficar de olho na timeline o tempo todo. Se pensarmos bem, não seria perda de tempo? Se algo importante acontecer com um amigo (seja algo bom ou ruim), sendo amigo de verdade, ele provavelmente o/a avisaria. Aliás, saber de tudo o que acontece em, digamos, tempo real, não reduz os assuntos entre os amigos, na vida real? É muito mais interessante quando se pergunta as coisas, ao invés de ver tudo nas redes.
Era boa aquela época em que, ao encontrar alguém depois de um tempo, poder contar as novidades. Estando sempre no Face, não há porque contar, pois todos já sabem através da rede.
Como consequência disso, notei também que, se não postar no Face, poucos se importam em perguntar “por onde anda?“. Ou se está tudo bem. Até parece que o que não foi registrado no Facebook, não aconteceu e nem importa. (Isso é bem similar a aquela frase “se não está no Facebook, não existe“! xD).
Bom, para concluir, a Rede Social em si não é boa e nem ruim. Mas a forma que ela passou a ser utilizada, o senso comum do modo de uso dela que a tornou prejudicial. Existem vários estudos que comprovam que as pessoas que usam esta, costumam ser mais estressadas, ansiosas, impacientes, insatisfeitas e irritadas (esse, ou esse, por exemplo).
Hoje eu encerro por aqui!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!
Abraços a todos!