Feridas do Isolamento

Olá a todos! Como andam? 🙂

O que acontece quando uma pessoa se isola do mundo por um longo período de tempo?

Acabamos de passar por momentos bastante difíceis com a pandemia do COVID-19, onde fomos obrigados a nos isolar, ficando longe de parentes, familiares, amigos e colegas. E, isso impactou profundamente no emocional de grande parcela das pessoas.

Feridas do Isolamento
Feridas do Isolamento – Imagem retirada deste site.

Houve também, as consequências econômicas, que são gravíssimas. Embora, não seja o assunto desta postagem, penso ser importante, ao menos, mencioná-la aqui.

O isolamento trouxe feridas como a depressão, ansiedade e fobia. Muitos se prenderam mais ao mundo virtual, manifestado em redes sociais que, quando usadas de forma exacerbada, causam outros danos na psique humana como impaciência, (mais) ansiedade, intolerância à opiniões diferentes, entre outros. Tudo isso, depois de apenas três anos de lock down.

Mas, quais seriam as consequências se o isolamento fosse maior? Por um período ainda mais longo, e afastado das redes sociais?

Posso discorrer um pouco sobre isso, pois, eu já estava em isolamento anos antes da famigerada pandemia.

Inicialmente, é importante mencionar que o motivo do isolamento foi uma fobia: o de pessoas. Meu isolamento não foi repentino, mas, sim gradual (o motivo não convém ao assunto.). Por isso, posso separar o processo e as consequências disso por fases.

Primeiramente, veio o alívio de não ter mais ninguém por perto (exceto as pessoas de minha casa). Vamos saindo menos, conversando menos, interagindo menos, e sentindo-se bem e seguro com isso. Creio que o ponto positivo disso, é que podemos nos conhecer melhor. Já repararam que no ritmo da vida de hoje, quase não ficamos a sós conosco mesmo?

Com o passar do tempo, vai ficando penoso encontrar pessoas que não são de casa, mesmo que sejam queridas. Tentamos evitar isso de forma sutil. Passamos a não saber como agir socialmente. E, conversar com um estranho pode ser assustador (a menos que seja alguém visivelmente receptivo e amigável).

A esta altura, podemos dizer que paramos no tempo. Porém, Chronos nunca para. Quando nos damos conta, já cortamos as amizades (alguns amigos insistem um pouco, mas, uma hora, eles sempre desistem! O que não é recíproco se torna desnecessário.). Sair de casa é um sacrifício. A esta altura, já abandonamos as redes sociais também.

Passando mais tempo, nossa memória começa a fraquejar, muitas lembranças de bons momentos com amigos e familiares tornam-se turvas e, algumas se mesclam. Além disso, conversar torna-se uma dificuldade, não só pelo medo, mas, também pela falta de habilidade mesmo. Não vem mais assuntos na cabeça, encontrar comentários para as falas de quem está conversando conosco torna-se árdua. Muitas vezes, por não conseguirmos reagir ao assunto, a pessoa acha que não gostamos da conversa, ou que não estamos interessados (sendo que não é nada disso). É bem complicado. Podemos concluir que a habilidade de conversar deve ser exercitada, caso contrário, tornamo-nos deficientes desse atributo tão básico.

E, o que devemos fazer para nos recuperarmos disso? Será que tem jeito?

Ainda não posso responder com certeza, já que não me considero recuperado ainda. Primeiramente devemos tratar da causa do isolamento (no meu caso, a fobia). Talvez, a ajuda de um bom terapeuta ajude! Eu tive auxílio de terapias quânticas/holísticas e da psicanálise. Creio que os ensinamentos da SEICHO-NO-IE me serviram de grande apoio. Porém, penso que a religião possa preencher esta lacuna também.

Outra dica é procurar bons livros e vídeos, que objetivam motivar e incentivar a nos mover. Quando estamos em isolamento, passamos a “gostar” (entre aspas) desta inércia. Vivendo o dia a dia torcendo para que nada de diferente perturbe a nossa “paz” (novamente, entre aspas). É necessário quebrar esta inércia!

Sobre o lance da conversa. Também não tenho uma resposta definitiva, mas, estou confiante que o melhor método é praticando. Recentemente, reencontrei-me com queridos familiares e, todos me receberam muito bem. Porém, senti-me um pouco frustrado por não conseguir manter diálogo de forma mais eloquente, como eu fazia (e gostava) antigamente.

Aliás, esta frustração é o motivo de estar fazendo esta postagem. Quero incentivar possíveis pessoas que possam estar passando por algo similar a não desistir e procurar uma saída!

Eu oro e acredito que um dia, voltarei a ser como era antes, ou até melhor! E, rogo para que quem esteja passando por isso, consiga encontrar um caminho para a cura da alma! Sim, nossa alma também adoece!

E, se esta postagem for útil para motivar alguém, já estarei muito feliz, considerando que o objetivo desta foi cumprido.

Por hoje é só! Ótimo resto de semana à todos!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!

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