🪽 Se faz sofrer, não é amor!

Olá sonhadores! 😺 Como estão?

Na postagem de hoje falarei sobre algo muito comum, principalmente na juventude, o tal do sofrimento por amor. Se bem que, com a atual deturpação do conceito de amor, não sei se os jovens de hoje passam por isso, já que possuem outros valores.

Se faz sofrer, não é amor!
Se faz sofrer, não é amor!

Primeiramente, vamos tentar listar as causas do suposto sofrimento. Penso que na maior parte das vezes, isso ocorre quando o sentimento não é correspondido. Afinal, a probabilidade de acontecer de um casal se apaixonar à primeira vista mutuamente não costuma ser alta (falo de interesse amoroso genuíno, sem segundas intenções sexuais ou financeiros.).

Outra causa, é a desilusão amorosa. Um dos lados tem uma imagem do(a) parceiro(a), mas, descobre-se que não é bem assim. Isso pode acontecer com o convívio, ou com atitudes mais condenáveis como a traição, por exemplo. Neste último, não é só uma desilusão, mas também, uma quebra de confiança.

Se faz sofrer, não é amor!
Se faz sofrer, não é amor!

Existem outros motivos de sofrimentos causados por “amor”, mas, a grande maioria advém do ego, como por exemplo, ciúmes, conflitos causados quando um dos lados não obedece o outro, antagonismo de valores distintos, etc.

“ASSIM SE CONCRETIZA O AMOR” de Masaharu Taniguchi.

Antes de prosseguir, gostaria de contar um trecho do livro “ASSIM SE CONCRETIZA O AMOR“, de autoria do professor Masaharu Taniguchi, mestre e fundador da SEICHO-NO-IE. Neste, ele conta a história de um dorama que chamou sua atenção. Neste, a mocinha, ao saber que seu amado passou a noite com outra, disse que ela “perdeu seu grande amor“. Um outro personagem (se não me falha a memória, o irmão dela), disse que ela nunca perdeu nada, pois nunca teve o seu amor, e que ela nunca o amou realmente. O amor é um sentimento sublime, onde não existe sofrimento e nem perda. Se alguém sofre por amor, então é porque não é amor verdadeiro. Os trechos que são pertinentes a esta postagem são:

O amor verdadeiro jamais resulta em perda.

(…) O amor desprendido, o amor que não espera recompensas. Como ele ama a pessoa esperando algo em troca, esse amor não é verdadeiro. O amor verdadeiro jamais leva ao desespero. O amor verdadeiro é perdão irrestrito.

É daí que vem o título dessa postagem. Um relacionamento embasado em amor verdadeiro não há perdas e nem sofrimentos. Isso pois, há reciprocidade de um sentimento genuíno e puro. Ambos farão o melhor pelo companheiro(a) e, mesmo quando houver desentendimento ou atrito, com um bom diálogo e reflexão, pode-se entrar em acordo.

Quando um dos lados não está amando verdadeiramente, então, o relacionamento já não é mais enraizado no amor, mesmo que o outro lado esteja sendo sincero. Não existe relação de um lado só. Mesmo assim, o lado que tem sentimentos reais não sofrerá, pois, quando se ama de verdade, há felicidade apenas pela existência da pessoa amada, independentemente da correspondência ou não. Fica-se satisfeito só de saber que ela está bem e feliz. É o que chamam de amor incondicional, que não espera retorno. Transcendendo o ego, não existe insegurança, ciúmes, medo, desconfiança. Como dizem, quem ama, liberta. Deve deixar ir.

Com “deixar ir”, quero dizer, seguir em frente, por caminhos diferentes. Afinal, se não há amor verdadeiro do outro lado, não existe motivos para prosseguir com o relacionamento. Não podemos e nem devemos mudar as pessoas.

Penso que o melhor exemplo de amor verdadeiro veio do Grande Mestre, Senhor Jesus Cristo. Mas, não falo dele como filho de Deus, e sim como humano. Lendo a coleção “Mestre dos Mestres“, de Augusto Cury, que retrata a história de Cristo e seus discípulos, na perspectiva da psicologia e psiquiatria, deixando de lado os pontos que entram na esfera da fé (como os milagres, por exemplo); percebe-se o grande amor que o homem Jesus teve pelos seus discípulos e por todos que o seguiram. Mais ainda, o amor incondicional que ele teve por toda a humanidade, incluindo os que atentaram contra a sua existência física efêmera neste mundo.

Ele amou seus discípulos, e não exigiu nada em troca. Eles o decepcionaram por diversas vezes, mas Cristo nunca sofreu e nem se frustrou com eles, pois os amava. Cristo convidava as pessoas a seguirem ele, porém, nunca os forçava. E também, não se bronqueava para com os que não desejavam as suas palavras. Isso é um exemplo perfeito de amor verdadeiro.

Deixando claro, quando não há reciprocidade, é impossível sustentar um relacionamento saudável. Todavia, a parte que possui em seu âmago, o sentimento genuíno, não irá sofrer também, pois, libertar quem se ama é o maior ato de amor incondicional.

Mas, aí vem a outra questão: o que fazer depois de separar e seguir seu caminho? É para esquecer? Como esquecer? Já ouvi muito pessoas dizendo “para esquecer um amor, só com outro amor”! Mas, pelo que conversamos acima, já dá para entender que isso é besteira! Beijar ou fazer sexo com outra pessoa para esquecer alguém só trás mais solidão, desrespeita a si mesmo, e à outra pessoa. Aliás, agir dessa forma, já denota que não havia amor nem em relação à quem se quer esquecer e, muito menos, para com a pessoa que se está usando para tal.

Com isso, não estou dizendo que não se pode amar novamente. Mas, isso vem naturalmente, e sem objetivos ocultos como esquecer outra pessoa. O amor é como uma flor plantada no jardim chamado coração. Logo ao lado, onde uma flor morreu, pode nascer outra. Mas, veja que elas são independentes.

Penso que, o melhor a se fazer é seguir em frente com a vida! Buscar novos sonhos e objetivos, dedicar-se no seu autodesenvolvimento e autoconhecimento, para que, quando cruzar com outra pessoa interessante, você seja uma pessoa melhor e, tenha mais bagagem para perceber se o outro lado é uma boa escolha para si.

“Não chores por uma desilusão amorosa, porque se você se iludiu não foi um amor verdadeiro.”
(Romário Oliveira)

Não precisa esquecer a pessoa que ficou para trás. Desde que você mantenha com você de forma saudável. Ou seja, guarde os aprendizados que teve com ela e as boas lembranças. Afinal, isso faz parte da sua história e de quem você é atualmente. Não devemos negar o que nos constitui. Inclusive as feridas, são provas de que você sobreviveu e ficou mais forte, são experiências importantes para que não cometa os mesmos erros, ou para que perceba coisas que não perceberia se não tivesse se machucado lá atrás. Então, não precisa esquecer.

Obviamente, com isso,  não estou dizendo para alimentar os sentimentos e, muito menos, a esperança de um dia voltar a aqueles dias. Por isso, eu disse, mantenha tudo isso contigo, de forma saudável. Jogue fora o apego, a toxicidade, o rancor, a raiva (sim, perdoe! Perdoar, não significa voltar ao relacionamento!), e tudo o que possa te prender a essa pessoa. Seja grato por tudo de bom e deixe ir!

Penso que o amor próprio é o primordial. Deves estar bem consigo mesmo, antes de querer amar outras pessoas. Caso contrário, apenas refletirá suas carências no outro, buscando supri-las. E, isso nunca dá certo, pois, remete ao ego e, como já discorremos, se há excesso de ego num relacionamento, não tem como ser saudável.

Por hoje é isso!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯