🪽 Solidão

Olá sonhadores! 😺 Como vão?

Hoje falarei de um sentimento que está bastante popular em nossa sociedade, e que é causa de sofrimento de muitas pessoas. Discorrerei sobre a solidão.

Solidão
Solidão. Imagem feita I.A. LensGo.

Já havia falado um pouco do assunto no post “Quem nunca sentiu solidão?“, onde escrevi um texto desabafo sobre o isso, hoje vou tentar aprofundar um pouco mais, com meus pensamentos e opiniões!

Vamos começar definindo o que é solidão?

Segundo o Oxford Languages, é um substantivo feminino cujo significado pode ser: 1. estado de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só; isolamento; 2. caráter dos locais ermos, solitários; 3. local despovoado e solitário; retiro; 4. vasto espaço ermo, sem população humana; 5. sensação ou situação de quem vive afastado do mundo ou isolado em meio a um grupo social.

Ao meu entender, a solidão é um sentimento frio, onde o coração da pessoa está só e ela não pode contar com, e nem confiar em ninguém. Possivelmente tem medo de amar por razões variadas, necessitando ser querida e amada pelas pessoas que considera importante, porém, não consegue expressar e nem receber isso, por diversos possíveis motivos. Diferentemente de estar sozinho, que significa estar em algum lugar sem ninguém por perto. Pode-se muito bem estar sozinho sem ser solitário e vice-versa.

Solidão
Solidão. Imagem feita I.A. LensGo.

Muita gente teme ficar sozinho. Elas acham que estando em companhia de alguém, independente de quem seja, já é o suficiente para não se sentir solitário. Mas não acredito que as coisas funcionem assim. Pode-se muito bem estar integrado a uma multidão de pessoas, mas mesmo assim se sentir só! O oposto também é possível, estar sozinho, mas não solitário, ao saber que há alguém, em algum lugar, com quem se pode contar.

Já li vários artigos na internet e até em revistas (não vou citar fontes porque já não me lembro mais onde li, mas, para embasar e ilustrar esta postagem encontrei este artigo.), mas o fato é que as pessoas hoje, em geral, são solitárias. Muitas nem se dão conta disso. Penso que um fator crucial que contribui para isso é a internet, em especial as redes sociais (já falei sobre o assunto em diversas postagens.). Ao estar sempre teclando com alguém, em redes sociais ou bate-papos, a solidão é camuflada, sendo um fato que muitas dessas pessoas sentem um vazio em seus corações, mesmo sem entender o porque.

Solidão no Mundo Digital
Solidão no Mundo Digital. Imagem feita I.A. LensGo.

Sinto que os laços formados entre as pessoas são superficiais. Usualmente são relações egoísticas, ou por interesse. Enquanto a pessoa proporcionar bons momentos, ou enquanto ela for benéfica/vantajosa na vida, as pessoas a mantém por perto, no entanto, se por alguma razão, elas passam a ser incômoda, ou a não proporcionar vantagens (materiais ou emocionais mesmo), elas “deixam de ser importantes” (entre aspas porque, sendo assim, na verdade, nunca foram importantes realmente…). E, a solução executada é simples, podendo ir da exclusão ou até o bloqueio do “estorvo”, “resolvendo” o problema, afinal, vivemos num mundo onde até as pessoas são descartáveis. Obviamente são atitudes inconscientes, ninguém age assim intencionalmente (assim eu espero… Talvez eu seja ingênuo também…).

Contudo, essa atitude que se tornou “senso comum“, torna as pessoas mais solitárias, mesmo tendo muitos amigos. Isso pois, são relacionamentos rasos, onde não há confiança verdadeira, pois, nem se conhecem de fato. Peguem as pessoas da sua lista de amigos de qualquer rede social e, pergunte-se: “de quantas pessoas, no meio dessa multidão, eu conheço de verdade? E, quantas me conhecem de fato?”. Quando digo conhecer, não é só de vista, ou de ciência de dados básicos como idade, profissão e hobbies, mas sim, ao ponto de saber os sonhos, as aspirações, conquistas, medos, traumas, angústias dela. E, não basta apenas saber, mas, também se importar com elas, com quantas pessoas você realmente se importa e se interessa? Quantas pessoas se importam e interessam por você de fato?

Solidão
Solidão. Imagem feita I.A. LensGo.

O que deixa as pessoas solitárias é o fato de ninguém se interessar realmente pela vida dos outros (sem ter segundas intenções, ou sem o intuito de fofoca ou de curiosidade pessoal). Cada um só quer falar de suas vidas, seus problemas, suas experiências, suas histórias… geralmente, os pontos positivos dessas, já que, nas redes sociais, todos possuem uma vida de vitrine perfeita. Mas, quando tem que escutar, o fazem superficialmente (pelo menos, a maioria das pessoas assim são.), por educação, ou curiosidade.

Então… O que fazer? Como combater a solidão?

Sinceramente, também não sei! 😁 Afinal, em boa parte da minha vida, me senti solitário. E, até hoje, não resolvi esse “problema” direito (embora tenha várias outras causas que não convém à este post). Claro, ao longo desta caminhada, encontrei algumas poucas pessoas em quem posso confiar… Mas o vazio da solidão ainda existe.

Solidão
Solidão. Imagem feita I.A. LensGo.

Porém, uma boa forma é acreditar! Tem que ter fé, e manter a mente alegre! Ter uma filosofia de vida (ou religião) como apoio pode ajudar, como por exemplo, segundo a SEICHO-NO-IE, o ambiente em que vivemos, e as pessoas que atraímos são reflexos de nossas atitudes mentais. Então, podemos começar com uma autoanálise e reflexão sincera de nossos pensamentos e atitudes. Será que o problema está realmente nas outras pessoas? Não estaria consigo mesmo?

No meu caso, percebo que criei uma barreira mental que me isola das pessoas. Penso ser consequência de vários acontecimentos de minha vida, que não convém à esta postagem. Para resolver isso, preciso me abrir e voltar a confiar nas pessoas, o que, nos dias de hoje, é complicado.

Enfim, definindo isso, devemos mudar o que acharmos que devemos mudar e manter a mente sempre positiva e harmoniosa! Agradecer às coisas que já conquistamos, às pessoas importantes que estão em nossa vida, SEMPRE! E seguir a nossa vida, fazendo sempre o que achar que é certo.

Caso você ache que não tenha ninguém importante, lembre-se de seus pais! Mesmo que eles, por alguma razão, não estejam com vocês, ou que, por algum motivo, você não se dê bem com eles, tente agradecer a eles do fundo do coração por terem colocado vocês neste mundo. Nossos pais são a razão de estarmos aqui.

Solidão
Solidão. Imagem feita I.A. LensGo.

Sei que é difícil seguir esses conselhos que dei, pois, eles são para mim mesmo também, e é fácil ter recaídas. Mas devemos nos esforçar, sem desistir! Se alguém tiver sugestões e conselhos que possam ser úteis à quem procura “vencer” a solidão, fiquem à vontade para opinar! 😺 Quem sabe, sua sugestão me ajude, ou a outras pessoas que aqui passarem!

Antes de encerrar, mais um ponto que gostaria de abordar é o caso do sentimento de solidão extrema, que pode levar à uma doença chamada depressão. Esses casos devem ser acompanhados por algum profissional, psicólogo ou psiquiatra. Caso contrário, pode ser perigoso. Atentem para o fato de que essa pessoa precisará de muito apoio, atenção e carinho da família e amigos. De qualquer forma, buscar ajuda é essencial e, isso não é demérito algum.

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯

🪽 Se faz sofrer, não é amor!

Olá sonhadores! 😺 Como estão?

Na postagem de hoje falarei sobre algo muito comum, principalmente na juventude, o tal do sofrimento por amor. Se bem que, com a atual deturpação do conceito de amor, não sei se os jovens de hoje passam por isso, já que possuem outros valores.

Se faz sofrer, não é amor!
Se faz sofrer, não é amor!

Primeiramente, vamos tentar listar as causas do suposto sofrimento. Penso que na maior parte das vezes, isso ocorre quando o sentimento não é correspondido. Afinal, a probabilidade de acontecer de um casal se apaixonar à primeira vista mutuamente não costuma ser alta (falo de interesse amoroso genuíno, sem segundas intenções sexuais ou financeiros.).

Outra causa, é a desilusão amorosa. Um dos lados tem uma imagem do(a) parceiro(a), mas, descobre-se que não é bem assim. Isso pode acontecer com o convívio, ou com atitudes mais condenáveis como a traição, por exemplo. Neste último, não é só uma desilusão, mas também, uma quebra de confiança.

Se faz sofrer, não é amor!
Se faz sofrer, não é amor!

Existem outros motivos de sofrimentos causados por “amor”, mas, a grande maioria advém do ego, como por exemplo, ciúmes, conflitos causados quando um dos lados não obedece o outro, antagonismo de valores distintos, etc.

“ASSIM SE CONCRETIZA O AMOR” de Masaharu Taniguchi.

Antes de prosseguir, gostaria de contar um trecho do livro “ASSIM SE CONCRETIZA O AMOR“, de autoria do professor Masaharu Taniguchi, mestre e fundador da SEICHO-NO-IE. Neste, ele conta a história de um dorama que chamou sua atenção. Neste, a mocinha, ao saber que seu amado passou a noite com outra, disse que ela “perdeu seu grande amor“. Um outro personagem (se não me falha a memória, o irmão dela), disse que ela nunca perdeu nada, pois nunca teve o seu amor, e que ela nunca o amou realmente. O amor é um sentimento sublime, onde não existe sofrimento e nem perda. Se alguém sofre por amor, então é porque não é amor verdadeiro. Os trechos que são pertinentes a esta postagem são:

O amor verdadeiro jamais resulta em perda.

(…) O amor desprendido, o amor que não espera recompensas. Como ele ama a pessoa esperando algo em troca, esse amor não é verdadeiro. O amor verdadeiro jamais leva ao desespero. O amor verdadeiro é perdão irrestrito.

É daí que vem o título dessa postagem. Um relacionamento embasado em amor verdadeiro não há perdas e nem sofrimentos. Isso pois, há reciprocidade de um sentimento genuíno e puro. Ambos farão o melhor pelo companheiro(a) e, mesmo quando houver desentendimento ou atrito, com um bom diálogo e reflexão, pode-se entrar em acordo.

Quando um dos lados não está amando verdadeiramente, então, o relacionamento já não é mais enraizado no amor, mesmo que o outro lado esteja sendo sincero. Não existe relação de um lado só. Mesmo assim, o lado que tem sentimentos reais não sofrerá, pois, quando se ama de verdade, há felicidade apenas pela existência da pessoa amada, independentemente da correspondência ou não. Fica-se satisfeito só de saber que ela está bem e feliz. É o que chamam de amor incondicional, que não espera retorno. Transcendendo o ego, não existe insegurança, ciúmes, medo, desconfiança. Como dizem, quem ama, liberta. Deve deixar ir.

Com “deixar ir”, quero dizer, seguir em frente, por caminhos diferentes. Afinal, se não há amor verdadeiro do outro lado, não existe motivos para prosseguir com o relacionamento. Não podemos e nem devemos mudar as pessoas.

Penso que o melhor exemplo de amor verdadeiro veio do Grande Mestre, Senhor Jesus Cristo. Mas, não falo dele como filho de Deus, e sim como humano. Lendo a coleção “Mestre dos Mestres“, de Augusto Cury, que retrata a história de Cristo e seus discípulos, na perspectiva da psicologia e psiquiatria, deixando de lado os pontos que entram na esfera da fé (como os milagres, por exemplo); percebe-se o grande amor que o homem Jesus teve pelos seus discípulos e por todos que o seguiram. Mais ainda, o amor incondicional que ele teve por toda a humanidade, incluindo os que atentaram contra a sua existência física efêmera neste mundo.

Ele amou seus discípulos, e não exigiu nada em troca. Eles o decepcionaram por diversas vezes, mas Cristo nunca sofreu e nem se frustrou com eles, pois os amava. Cristo convidava as pessoas a seguirem ele, porém, nunca os forçava. E também, não se bronqueava para com os que não desejavam as suas palavras. Isso é um exemplo perfeito de amor verdadeiro.

Deixando claro, quando não há reciprocidade, é impossível sustentar um relacionamento saudável. Todavia, a parte que possui em seu âmago, o sentimento genuíno, não irá sofrer também, pois, libertar quem se ama é o maior ato de amor incondicional.

Mas, aí vem a outra questão: o que fazer depois de separar e seguir seu caminho? É para esquecer? Como esquecer? Já ouvi muito pessoas dizendo “para esquecer um amor, só com outro amor”! Mas, pelo que conversamos acima, já dá para entender que isso é besteira! Beijar ou fazer sexo com outra pessoa para esquecer alguém só trás mais solidão, desrespeita a si mesmo, e à outra pessoa. Aliás, agir dessa forma, já denota que não havia amor nem em relação à quem se quer esquecer e, muito menos, para com a pessoa que se está usando para tal.

Com isso, não estou dizendo que não se pode amar novamente. Mas, isso vem naturalmente, e sem objetivos ocultos como esquecer outra pessoa. O amor é como uma flor plantada no jardim chamado coração. Logo ao lado, onde uma flor morreu, pode nascer outra. Mas, veja que elas são independentes.

Penso que, o melhor a se fazer é seguir em frente com a vida! Buscar novos sonhos e objetivos, dedicar-se no seu autodesenvolvimento e autoconhecimento, para que, quando cruzar com outra pessoa interessante, você seja uma pessoa melhor e, tenha mais bagagem para perceber se o outro lado é uma boa escolha para si.

“Não chores por uma desilusão amorosa, porque se você se iludiu não foi um amor verdadeiro.”
(Romário Oliveira)

Não precisa esquecer a pessoa que ficou para trás. Desde que você mantenha com você de forma saudável. Ou seja, guarde os aprendizados que teve com ela e as boas lembranças. Afinal, isso faz parte da sua história e de quem você é atualmente. Não devemos negar o que nos constitui. Inclusive as feridas, são provas de que você sobreviveu e ficou mais forte, são experiências importantes para que não cometa os mesmos erros, ou para que perceba coisas que não perceberia se não tivesse se machucado lá atrás. Então, não precisa esquecer.

Obviamente, com isso,  não estou dizendo para alimentar os sentimentos e, muito menos, a esperança de um dia voltar a aqueles dias. Por isso, eu disse, mantenha tudo isso contigo, de forma saudável. Jogue fora o apego, a toxicidade, o rancor, a raiva (sim, perdoe! Perdoar, não significa voltar ao relacionamento!), e tudo o que possa te prender a essa pessoa. Seja grato por tudo de bom e deixe ir!

Penso que o amor próprio é o primordial. Deves estar bem consigo mesmo, antes de querer amar outras pessoas. Caso contrário, apenas refletirá suas carências no outro, buscando supri-las. E, isso nunca dá certo, pois, remete ao ego e, como já discorremos, se há excesso de ego num relacionamento, não tem como ser saudável.

Por hoje é isso!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯

Homem fiel não tem preço… (mulher também!)

Olá pessoas! 🙂 Como vão?

Faz um tempão que ando sumido, não ando muito animado. Porém, hoje estou publicando esta repostagem, só para dar uma atualizada por aqui!


Post escrito originalmente em 16 de maio de 2012.


Neste post falarei de um assunto que costuma arruinar muitas vidas. Mas antes de entrar no assunto, transcreverei um e-mail que recebi. Já li este texto no Facebook também.

Homem fiel não tem preço... (mulher também!)
Foto retirada deste site.

HOMEM FIEL NÃO TEM PREÇO…

Acordei com uma baita ressaca, e do lado da cama tinha um copo d’água e duas aspirinas.

Olhei em volta e vi minha roupa passada e pendurada.
O quarto estava em perfeita ordem.

Havia um bilhete de minha mulher:
Querido, deixei seu café pronto na cozinha. Fui ao supermercado. Beijos.

Desci e encontrei uma mesa cheia, café esperando por mim.
Perguntei à minha filha:
– O que aconteceu ontem?
– Bem, pai, você chegou às 3 da madrugada, completamente bêbado, vomitou no tapete da sala, quebrou móveis, urinou na cristaleira antes de chegar no quarto.
– E por que está tudo arrumado, café preparado, roupa passada, aspirinas para a ressaca e um bilhete amoroso da sua mãe?
– Bem, é que mamãe o arrastou até a cama e, quando ela estava tirando a sua calça, você gritou:

NÃO FAÇA ISSO MOÇA, EU SOU CASADO!’

  • Ressaca: 70 reais.
  • Móveis destruídos: 1.200 reais.
  • Café da manhã: 20 reais.
  • Dizer a frase certa no momento certo: Não tem preço!

Achei muito legal essa historinha! Algo que deveria ser tão normal…

Bom, o texto fala de um homem fiel, mas acredito que não somente o homem, mas a mulher também o deve ser! Acho que para este assunto, o gênero independe.

O destino coloca para as pessoas alguém maravilhoso, começam a namorar, noivar, até casar! Se um indivíduo já fez a escolha da pessoa da sua vida, como consegue olhar ou pensar em um outro alguém? Não faz sentido!

Muitos justificam dizendo que a “carne é fraca“! Quem diz isso, além de não se dar valor (por se entregar facilmente), desconhece o significado do amor verdadeiro. E não merece o amor da companheira(o) e nem de ninguém.

Outro dizem que buscam numa relação extraconjugal o que não têm em casa… Se é assim, porque não conversa com a parceira(o) para resolver o que “está faltando”? Se ambos se uniram por amor verdadeiro, o natural não seria fazer de tudo para a felicidade um do outro? Se busca em outra pessoa o que não encontra com a parceira(o), então é porque já não a(o) ama mais! Termine o relacionamento antes de fazer besteira e machucar quem não merece se ferir!

Pior ainda, aqueles que jogam para a outra pessoa dizendo: “Ela(e) me seduziu, não resisti! Não tenho culpa!“. Sábios foi quem disse: “Quando um não quer, dois não fazem“.

Ao meu entender, as pessoas que traem são, antes de tudo, egoístas! Só pensam em seus próprios desejos e sentimentos, nas suas próprias carências e traem justificando para si mesma com os argumentos que mencionei acima. Quem trai raramente pensa em quem foi traído. Nos sentimentos desta pessoa. E são mais egoístas ainda aqueles que, ao ver a parceira(o) descobrindo a traição, imploram para ficar.

Analisando por uma outra perspectiva, acho engraçado como as pessoas que são traídas são “zoadas” aqui no Brasil. São chamadas de cornas, chifrudas, e todos dão risada desta. Enquanto ninguém fala nada de quem traiu. Observando esse aspecto de nossa “cultura“, dá a impressão que o “vilão” da história é quem foi traído.

No Japão, pelo menos o que vejo em filmes e doramas, quem trai é que é discriminado e o traído é vítima. O que eu acho que deveria ser natural e lógico, afinal quem errou é quem traiu.

Atitudes como a descrita no texto que recebi por e-mail, deveria ser a normal! E as pessoas que têm a sorte de ter encontrado uma namorada(o)/noiva(o)/esposa(o) fiel e que conhece o significado do amor verdadeiro, deve ser muito gratas, cuidando muito bem um do outro.

Bom, por hoje fico por aqui!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!

Nada acontece por acaso

Post escrito originalmente em 10 de fevereiro de 2016.


Olá a todos! 🙂 Como estão?

Hoje posto algo que recebi por e-mail de meu pai há um tempão. É uma historinha, que possui uma verdade maravilhosa.

Nada acontece por acaso
Nada acontece por acaso – Imagem retirada deste site.

Nada acontece por acaso

“O maior erro do ser humano é tentar tirar da cabeça aquilo que não sai do coração…”

Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma simples moeda de dez centavos e tinha fome.

Decidiu que pediria comida na próxima casa. Porém, seus nervos o traíram quando uma encantadora mulher jovem lhe abriu a porta.

Em vez de comida, pediu um copo de água. Ela pensou que o jovem parecia faminto e, assim, lhe deu um grande copo de leite. Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou:

– Quanto lhe devo?
– Não me deves nada. – Respondeu ela.

E continuou:

– Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por uma oferta caridosa.

Ele disse:

– Pois te agradeço de todo o coração.

Quando Howard Kelly saiu daquela casa, não só se sentiu mais forte fisicamente, mas também sua fé em Deus e nos homens ficou mais forte.

Ele já estava resignado a se render e deixar tudo.

Anos depois, essa jovem mulher ficou gravemente doente. Os médicos locais estavam confusos. Finalmente a enviaram à cidade grande, onde chamaram um especialista para estudar sua rara enfermidade. Chamaram o Dr. Howard Kelly.

Quando escutou o nome do povoado de onde ela viera, uma estranha luz encheu seus olhos.

Imediatamente, vestido com sua bata de médico, foi ver a paciente. Reconheceu imediatamente aquela mulher. Determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida. Passou a dedicar atenção especial a aquela paciente.

Depois de uma demorada luta pela vida da enferma, ganhou a batalha.

O Dr. Kelly pediu a administração do hospital que lhe enviasse a fatura total dos gastos para aprová-la. Ele a conferiu, depois escreveu algo e mandou entregá-la no quarto da paciente.

Ela tinha medo de abri-la, porque sabia que levaria o resto de sua vida para pagar todos os gastos. Mas, finalmente abriu a fatura, e algo lhe chamou a atenção, pois estava escrito o seguinte: ‘Totalmente pago há muitos anos, com um copo de leite. ass.: Dr. Howard Kelly’.

Lágrimas de alegria correram dos olhos da mulher, e seu coração rezou assim: ‘Graças meu Deus porque Teu amor se manifestou nas mãos e nos corações humanos.’

Uma pequena história comovente, né? Não sei se é verídica ou não, porém, é verdade que todo o bem que praticamos, nos retornará multiplicado. O próprio Jesus Cristo disse isso: “Dai e ser-vos-á dado”.

No entanto, muitos esperam que o retorno venha pela mesma via em que foi dado. Porém, isso nem sempre acontece. Ao fazermos um bem, não necessariamente os frutos colhidos manifestar-se-ão através da mesma pessoa a quem beneficiamos (como aconteceu na historinha). Na grande maioria das vezes, a recebemos nos momentos e pelas pessoas ou meios mais inesperados possíveis.

Todavia, praticar o bem visando a “recompensa“, já anula o bem realizado. Na verdade, não podemos considerar isso como um ato benéfico, já que há segundas intenções egoísticas (o retorno). A bondade deve ser praticada de coração, com o sentimento de ajudar e tornar feliz o próximo. Simples assim. Na verdade, é esse sentimento que atrai as coisas boas para a vida. Se esse sentimento estiver corrompido, pelo objetivar da recompensa, então não é mais um sentimento altruísta. Em outras palavras, isso só poderá atrair coisas que combinam com o egoísmo, cobrança e perdas.

Outro ponto desta citação, talvez o principal, é que a vida nos dá muitas oportunidades. Cada pessoa com quem cruzamos é uma delas. Talvez seja para aprendermos algo com ela, ou para ensinarmos algo, ou para ajudá-las, ou para nos ajudarem. Isso tudo é algo que acontece naturalmente, sem que as pessoas envolvidas percebam que estão aprendendo ou ensinando. Não há como saber isso, e nem devemos nos encucar com isso. Todavia, é importante estar atento na lição/ajuda que algumas pessoas estão nos dando (sim, muitas vezes não notamos e seguimos em frente assim mesmo, desperdiçando a oportunidade).

Da mesma forma, é importante estar atento para ajudar quem está precisando, já que futuramente possa ser nós a estar necessitando de algum auxílio.

Outra “lição” que vejo nesta historinha, é que nunca sabemos o que a vida nos reserva, embora seja nós mesmos que escrevemos a história de nossas vidas, sempre pode haver imprevistos. Por isso, jamais devemos desprezar ou menosprezar uma pessoa. Como dizem, o mundo da voltas. Tratando todas as pessoas com amor sincero, preocupando-se com elas e, ajudando-as sempre que possível, a recíproca se tornará verdadeira em momentos de crises. Todos o ajudarão e se importarão com todo o prazer.

Talvez há quem questione isso dizendo algo como: “Eu ajudei Fulano, mas quando precisei ele me deu as costas.”. Mas na própria afirmação já notamos o problema da questão. Ao dizer “eu ajudei”, é como se estivesse cobrando o retorno, ou o pagamento da ajuda oferecida anteriormente. E nisso, está implícito um sentimento egoísta. Como discorri acima, não foi uma ajuda sincera, pois se fosse, não seria cobrada posteriormente.

Penso eu que, aquele que se doou realmente, nem se lembra disso depois, pois não considera isso algo grandioso (embora seja), é um ato natural. É como na historinha! A mulher nem se lembrava do Howard, afinal não o reconhecera, apesar de ele ter sido seu médico durante todo o seu tratamento. Ela apenas recordou quando leu sobre o copo de leite na notinha que ele escrevera. Resumindo, ela entregou o copo de leite para ele, pois percebeu sua carência e quis fazer algo para ajudá-lo. Jamais pensou em cobrar o retorno depois, ou melhor, até se esquecera do próprio ato de bondade.

Todos nós apenas colhemos o que plantamos. As sementes são as palavras que usamos (seja via pensamentos, voz alta, ou escrita), os nossos sentimentos e atitudes (seja físicas, ou mesmo em nossa imaginação/pensamentos). Tudo em que concentramos é uma semente que plantamos, e isso é algo que poucos percebem na prática.

Alguns exemplos simples de sementes que plantamos no dia a dia, e nem nos damos conta:

  • Expressão facial – deem uma volta na cidade, reparem nos rostos das pessoas. A grande maioria anda com uma expressão carrancuda, séria, irritada, dura. Isso é uma semente que plantamos. Reparem que as pessoas felizes possuem uma fisionomia sorridente, mesmo quando estão sérias.
  • Conversas – quando conversa com alguém, sobre o que vocês falam? Falam de outras pessoas? Conhecidos? Artistas? Ou dos personagens da novela ou filme? Reparam nas pessoas que estão passando? O que falam delas? Elogiam? Ou criticam? Falar bem, ou mal das pessoas é uma semente, e dará frutos, mas, não para a “pessoa-alvo”, e sim para si mesma. E isso é válido para qualquer tipo de assunto. Fale sobre doenças, e é isso que atrairá para si! Fale sobre prosperidade e assuntos prósperos, e assim você será!
  • Pensamentos – Quando está só, caminhando ou fazendo algo no “piloto automático“, o que você pensa? Fica martelando os problemas? Relembrando as experiências que o deixaram triste ou irritado? Ou preocupa-se com adversidades que poderá enfrentar no futuro? Se sim, estás plantando exatamente essas sementes na horta da sua vida. Não seria melhor pensar nas pessoas que ama? Naqueles acontecimentos alegres, que o fizeram morrer de rir? Ou ficar imaginando/sonhando coisas agradáveis? Por exemplo, o que faria se ganhasse R$3.000.000.000,00 amanhã? Ou se encontrasse aquela alma gêmea que sempre sonhou? Ou, o que faria ao realizar a viagem de seus sonhos? Para onde iria primeiro? O que faria? Da mesma forma que na situação anterior, estarias plantando estas sementes! (E, ao meu ver, isso dará frutos bem mais agradáveis).

Esses são alguns exemplos de coisas do cotidiano de qualquer um, que, se prestarmos atenção e mudarmos, pode fazer toda a diferença no futuro.

Desviei-me um pouco do assunto, embora acredite que esteja intrinsecamente ligado com a historinha, onde a mulher só colheu o que ela plantou anos antes, ao dar um copo de leite à Howard.

Concluindo, pratiquemos mais o bem espontâneo! Falemos, pensemos e sintamos mais as coisas boas da vida! Sonhemos mais com um futuro maravilhoso e feliz! Isso sem dúvidas, trará magia para a própria vida.

Por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços

Onde se encontra a felicidade?

Olá a todos! 🙂 Estão todos bem?

Hoje vou discorrer sobre um questionamento que muitas pessoas devem fazer, que é tema de incontáveis poesias e músicas, e que não possui uma resposta definitiva: onde se encontra a felicidade?

Onde se encontra a felicidade?
Onde se encontra a felicidade? – Montagem feita por mim, com imagens retiradas destes sites: 01 | 02.

Pelo que sei, costuma-se procurar pela felicidade de diversas formas. Alguns procuram no amor, colocando o peso de fazer feliz nas costas do(a) parceiro(a); outros buscam no dinheiro, muitas vezes, até se corrompendo para juntar o máximo de riquezas materiais possíveis; há ainda os que tentam encontrar na carreira profissional, depositando todos os esforços no sucesso, às vezes, a ponto de sacrificar a própria saúde. Todos esses caminhos estão certo, em partes.

Digo em partes, pois, existem pessoas que tem o(a) parceiro(a) amoroso dos sonhos, e não se sente feliz; bem como, aqueles que estão bilionários, mas, não possuem o brilho nos olhos; e, também, aqueles que são completamente bem sucedidos na carreira dos sonhos, mas, sentem-se vazios. Há também, os que possuem tudo isso, e ainda assim não se sentem felizes! Porque será?

Em contrapartida, tem pessoas que aparentemente não possuem nada de especial na vida, mas, estão sempre sorrindo, felizes! O que será que essas pessoas têm? Qual será o segredo?

Ao meu ver, a questão é que procuramos em todos os lugares, a chave da felicidade, menos no lugar mais óbvio: dentro de nós mesmos. E, essa chave possui um nome até famoso: amor próprio.

Em suma, quem se ama, é feliz. Quem está de bem consigo mesmo, consegue dormir todas as noites tranquilamente. E, isso não significa que não se tenha problemas, e nem que tudo esteja sempre bem.

Quem se ama, está satisfeito consigo mesmo, não se cobra, não se julga, e não se critica. Sabe de suas qualidades e defeitos, afinal, costumamos conhecer bem sobre o que amamos, certo? Sendo assim, quem tem amor próprio sabe onde ele precisa melhorar, mas, sem se estressar, pois, conhece seu ritmo e suas limitações, afinal, costumamos ser pacientes com quem amamos, não é? Resumindo, quem se ama, se conhece de verdade.

Lembrando que estar satisfeito consigo mesmo, não significa estar acomodado.

Prosseguindo, ao estar bem consigo mesmo, nosso humor fica nas alturas! Estando de bom humor, todos os relacionamentos tornam-se mais fáceis (não só o amoroso). Sendo assim, a probabilidade de ter um relacionamento amoroso harmonioso e feliz é bem alta.

Mesmo que se encontre alguém ranzinza, ou que goste de criticar, quem tem amor próprio não se afeta, pois, junto com esse amor, vem a autoconfiança e autoestima elevadas. Quem se ama sabe que o que o outro pensa ou diz sobre ele não importa! Que aquilo que foi dito é parte da realidade de quem proferiu as palavras, e não de si mesmo.

Quem se ama, tem grandes probabilidades de ser bem sucedido no trabalho, já que se tem um bom relacionamento com as pessoas. Além disso, a eficiência também deve ser maior, já que tem-se autoconfiança, como já mencionado. Afinal, sabemos que a insegurança é um prato cheio para o fracasso.

Todavia, mesmo que algo dê errado, a pessoa que possui o amor próprio consegue dar a volta por cima rapidamente, não só por ter uma autoestima alta, mas, também, por contar com o apoio de amigos e cônjuge (lembram de alguns parágrafos acima? Sobre o bom humor proporcionar bons relacionamentos?).

Sendo bem sucedido no emprego, automaticamente tem-se o retorno financeiro, ou seja, há grandes probabilidades de, quem tem amor próprio, ser feliz na carreira e no dinheiro também.

Sem contar que, tendo toda essa segurança, é possível viver o presente, sem preocupações com o futuro. Sabe-se que quem vive no futuro cria ansiedade, o que é tão prejudicial quanto quem vive preso ao passado.

E, assim sendo, a saúde deve ser boa também, já que, sentimentos negativos são as principais causas das doenças.

Será que tudo o que eu discorri até aqui faz sentido? Pode não ser uma regra absoluta, mas, convenhamos que, quem tem amor próprio tem tudo para ser feliz. Por isso, a considero como a principal chave para se encontrar a felicidade (que, como deve estar evidente, encontra-se dentro de nós mesmos).

Além de tudo isso, quem acredita na Lei da Atração, sabe que o Amor é a força mais poderosa que existe, e sendo o alvo de seu próprio amor, nada mais natural do que o Universo responder isso trazendo acontecimentos e pessoas que o(a) façam feliz!

Por fim, quero deixar uma observação: o amor próprio é bem diferente do egoísmo, ou egocentrismo. Nestes, esquece-se de tudo e de todos em prol de si mesmo, é aquele que ama SOMENTE a si. E não é disso que estou falando. É possível amar a si mesmo e a outras pessoas e coisas ao mesmo tempo. O amor próprio não interfere em nada no amor ao próximo, ao cônjuge, aos amigos, à família, à Mãe Natureza, etc.

E você, leitor(a)? Conhece outros meios de encontrar a felicidade? Você se ama? Você é feliz? Espero, do fundo do coração, que sim!

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!

[SEICHO-NO-IE] O grau mais elevado do amor

Post escrito originalmente em 22 de maio de 2012.


Olá a todos! 🙂 Como vão?

Hoje postarei uma coletânea de pequenas citações do livro Palavras de Sabedoria, da SEICHO-NO-IE.

O grau mais elevado do amor
O grau mais elevado do amor – Imagem retirada deste blog.

“O amor que visa a recompensa é um sentimento interesseiro. Se não vier a recompensa, transforma-se em rancor.”

“Num grau mais elevado de amor, a pessoa ama o próximo e quer vê-lo contente. Entretanto, apesar de não ser um amor interesseiro, ela se sentirá decepcionada ou triste se o próximo não se alegrar ou não perceber a sua boa intenção.”

“No amor que visa a recompensa e no amor que espera ver o próximo contente existe o apego ao ‘eu’. Enquanto a pessoa tiver pensamentos como ‘Eu fiz isso e aquilo por ele; no entanto, o que ele me fez?’, ainda não está livre do apego ao ‘eu'”.

“O amor em seu grau supremo é aquele em que a pessoa , mesmo tendo feito grande bem ao próximo, esquece-se do que fez. O que difere de mera simulação daquele que, quando alguém lhe agradece por algo, faz-se de desentendido dizendo: ‘Puxa! Eu fiz isso? Já nem me lembro…'”.
(Taniguchi Masaharu – Palavras de Sabedoria)

Bom, os trechos são todos do mesmo assunto, o amor. Falando mais especificamente dos graus de amor.

O primeiro mencionado é o que eu chamo de amor egoísta, bastante comum nos dias de hoje. É aquele onde a pessoa que ama faz de tudo para ficar junto da pessoa amada, independentemente dos sentimentos e vontades desta. Quando totalmente rejeitado, transforma-se em rancor ou até ódio. Chamo de egoísta pois, nestes casos, o que importa é somente satisfação de si próprio.

O segundo citado é um amor mais verdadeiro. A pessoa já se preocupa com a felicidade da pessoa amada, e faz de tudo para isso. No entanto, quando não há reconhecimento por parte da pessoa amada, ela se frustra e se sente decepcionada ou triste. Quando isso se repete muitas vezes, pode terminar em discussão, e até brigas.

A terceira citação explica a presença do “eu” nos dois graus de amores anteriores. Portanto, mesmo o segundo é um amor egoístico, apesar de ser menos que o primeiro. São relações onde o ego faça mais alto no coração, do que a pessoa amada em si.

A última citação define o amor supremo. Aquele que a pessoa se doa completa e sinceramente à pessoa amada, fazendo as coisas por ela sem esperar sequer um “obrigado“. Ao meu ver é um grau difícil de se atingir, estando neste mundo material. Mas seria o ideal, talvez o verdadeiro amor verdadeiro seja assim.

De qualquer forma, o amor mais comum que vejo é o primeiro. O segundo é mais raro. Já o terceiro, o amor supremo definido pelo professor Masaharu Taniguchi, confesso que eu nunca vi.

Conceitualmente é fácil de compreender perfeitamente este grau mais elevado. Eu admiro esse amor puro e sem apego descrito. No entanto, anular o totalmente o “eu” requer muita prática, segurança e elevada espiritualidade. Eu admito que não consigo (ainda!). Quando amo, me coloco no segundo grau.

Muitos podem pensar “Para que amar desta forma, sem receber nada em troca”. Eu mesmo já me questionei sobre isso. Mas se pensarmos bem, se a pessoa que amamos nos corresponder, ao amá-la dessa forma, ela também nos amará da mesma maneira, não por retribuição, mas sim por ter o mesmo sentimento. Se a pessoa não o faz, mesmo que nós a amemos incondicionalmente, talvez seja porque, realmente, ela não sinta isso, ou seja, o amor não é verdadeiramente recíproco. Quem ama de verdade não resiste e nem tem porque resistir em corresponder, apenas o faz com alegria e espontaneidade.

Mas não devemos achar ruim com isso, não se pode obrigar alguém a nos amar, ou a outra pessoa. Todos possuem o direito de livre arbítrio! Devemos desejar a felicidade desta, independente de ser com outro alguém. Acredito que quando se ama de forma suprema, não sofremos com isso, pois a felicidade da pessoa amada é tudo o que importa. (Eu, nessas situações, ainda sofro… -risos-).

E como conseguimos chegar a esse nível de amor?

Bom, se eu descobrir isso, prometo que conto à vocês! ^__^ Mas, acredito que o caminho seja o que comentei lá em cima! Procurar elevar a espiritualidade, expandir a consciência, compreendendo melhor nosso propósito aqui neste mundo, automaticamente passamos a respeitar mais os sentimentos do próximo.

Todavia, até chegar lá, eu procuro pensar assim: “De que adianta a pessoa amada estar ao meu lado se está infeliz? Eu não me sentiria bem nessa situação, e talvez a pessoa que ela ame também fique triste. Então, é melhor deixar a pessoa amada ficar com quem ela ama, assim ela fica feliz, ele também; e eu fico um pouquinho feliz por vê-la feliz! (Apesar de doer.). Resumindo, é melhor um sofrendo do que três! xD

Estou buscando me livrar do “eu”, como diz a SEICHO-NO-IE, para conseguir amar alguém de forma realmente incondicional, e que esse alguém, seja minha alma gêmea! 🙂

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!

Sobre a educação

Post escrito originalmente em 13 de novembro de 2015.


Olá a todos! 🙂 Tudo bem?

O assunto do post de hoje, me ocorreu após ler esta matéria da BBC Brasil:

Sobre a educação
Foto de Marcelo Hide, retirado do site da BBC Brasil.

No Japão, alunos limpam até banheiro da escola para aprender a valorizar patrimônio

“Enquanto no Brasil escolas que “obrigam” alunos a ajudar na limpeza das salas são denunciadas por pais e levantam debate sobre abuso, no Japão, atividades como varrer e passar pano no chão, lavar o banheiro e servir a merenda fazem parte da rotina escolar dos estudantes do ensino fundamental ao médio.” (Matéria de Ewerthon Tobace. BBC Brasil)

~> Veja a matéria completa aqui.

Sabemos que a educação em nosso país está decadente. E, quando falo de educação, não refiro-me apenas à escolar, mas também a boa educação, que remete ao senso de responsabilidade e respeito para com os demais cidadãos.

Nesse quesito, o Japão é um país bastante admirável, já que ensina desde a infância a importância do “se preocupar com o coletivo“. O resultado desta é a quase ausência de lixo no chão das ruas e calçadas, rios limpos, as “cacas” dos animais de estimação são recolhidas (e não são jogadas no lixo dos outros), o banheiro público é higiênico, etc..

O foco da educação por aqui são as matérias escolares, e somente isso. Obviamente isso é importantíssimo, mas existem outras faces desta que deveriam ser exploradas e lecionadas. Mesmo que digam que a educação começa em casa (o que é uma verdade), não significa que as instituições educacionais devam negligenciar isso.

Voltando ao Japão, o período de aulas é integral. Tem-se as matérias “normais” durante um período, e no outro é dedicado à atividades extracurriculares, indo desde culinária, até as mais diversas atividades de variadas áreas como artísticas, biológicas, esportivas, etc.. Ao meu ver, isso é muito positivo, pois permite as crianças experimentarem diversas atividades diferentes, facilitando uma melhor escolha de sua profissão no futuro. Sem contar o estímulo cultural que isso proporciona.

Além disso, como dito na reportagem, todas as atividades de higiene são realizadas pelos alunos. Inclusive a preparação das merendas/almoço, lavagem da louça, etc., tudo separado em grupos que se revezam. Isso dá uma noção ainda maior do todo, do trabalho em equipe, e do preocupar com o grupo (que na fase adulta implica na sociedade). Em outras palavras, ninguém vai sujar um local público, pois é de todos, se sujar, vai incomodar alguém e, é irresponsabilidade fazê-lo.

Obviamente, educação não se limita a apenas isso. As regrinhas básicas, que todo mundo conhece, mas muitos não praticam, também fazem parte. Por exemplo: “bom dia/tarde/noite“, “obrigado“, “por favor“, “com licença“, “desculpe-me“, etc..

Ensinando isso às crianças, por si só elas devem cultivar a consciência de que o próximo existe, passando a enxergar melhor que ele é um humano único, com raízes, sentimentos e pensamentos próprios e distintos, aprendendo a esforçar-se para compreendê-los melhor, ou no mínimo, respeitá-los.

Já que estamos falando de educação, quero mencionar outro artigo, também da BBC Brasil.

Sobre a educação - 5x3
Foto retirada do site da BBC Brasil.

Por que 3×5 não é igual a 5×3: uma simples conta que está dividindo a internet

“Mesmo para os adultos que ainda sofrem com tabuada, 5×3 não traz grandes dificuldades.

Então por que essa simples conta está causando uma polêmica tão acalorada na internet?

Tudo começou quando uma foto da resposta dada a essa questão em um exame de um aluno americano foi compartilhada na rede social Reddit.

Na prova, o aluno responde que 5×3 era igual a 15 seguindo o raciocínio de que a soma de 5+5+5 tem o mesmo resultado. Mesmo assim, o professor corrigiu a questão dizendo que a resposta do aluno estava errada.” (Matéria sem nome do autor. BBC Brasil)

~> Veja a matéria completa aqui.

Com esta menção, quero iniciar outro ponto em relação à educação nos dias de hoje. Mas antes, vou comentar sobre a questão apresentada, onde a grande maioria dos comentários criticam a atitude do professor (e pior, percebe-se que muitos dos carrascos são pessoas estudadas), dizendo que a resposta do menino estava correta: “5×3=5+5+5=15”.

No entanto, o professor disse estar equivocada, sendo que a resposta certa seria: “5×3=3+3+3+3+3=15”.

Eu concordo com o professor. Reparem bem na frase: “cinco vezes três“. Ela significa: “cinco vezes o número três“, ou seja, somar o 3 cinco vezes, portanto: 3+3+3+3+3.

É isso o que as escolas tem deixado de ensinar: a pensar, refletir e questionar. Os alunos não são estimulados a pensar nos assuntos das matérias que são dadas, muito menos são instigados a questionar. Apenas o professor ensina o conteúdo “mastigado“, e o aluno repete aquilo como uma verdade, não se preocupa em tentar compreender a razão de ser assim.

Muitos possuem dificuldades com problemas de matemática, pois não compreendem o que uma sentença matemática quer dizer. Apenas decoram fórmulas e as aplicam mecanicamente.

“A ordem dos fatores não alteram o produto”. De fato, tanto “3×5”, quanto “5×3” possuem o mesmo resultado “15”. No entanto, isso não implica que ambos tenham o mesmo significado. Sem pensar no resultado, dizer que somou 3 vezes o número 5, e 5 vezes o número 3 é o mesmo processo? Não! Na primeira soma, temos três parcelas, já na segunda, temos cinco, são operações diferentes que possuem o mesmo resultado. Caso ainda não aceitem isso, vamos a um exemplo prático: imaginem que alguém de renda não muito alta, comprou algo no valor de R$15.000,00. Para esta, poder parcelar em cinco vezes de R$3.000,00 tem o mesmo significado de fazê-lo em três vezes de R$5.000,00? O resultado é o mesmo, mas o processo é bem diferente, não é a mesma conta. E, na vida prática, muitos não poderiam comprar na segunda condição.

Alguns irão pensar: “mas se o resultado é o mesmo, então tanto faz”. Talvez no problema matemático da escola! Mas, vejam na prática (o exemplo que acabei de citar ilustra isso). Além disso, isso faz parte de algo chamado compreensão do que está sendo questionado. Qual o sentido de se saber fazer uma conta se não sabe o que está acontecendo?

Eu, graças à Deus, tive excelentes professores de exatas, durante meu colégio. Eles sempre ensinavam o porque das coisas. Por exemplo, na física, ciência que possui milhares de fórmulas, a grande maioria decora todas elas para a prova. Mas, qual o sentido disso?

Lembro-me de um teste, na qual havia uma questão que precisava de certa fórmula, no entanto, eu a havia me esquecido desta. Porém, como eu entendia de onde vinha aquilo tudo, consegui deduzir a solução por conta própria, usando os dados mencionados e resolvi corretamente o problema. Se eu tivesse apenas decorado, estaria encrencado…

Estou martelando em exatas, mas isso vale para todas as disciplinas! No caso de humanas, ao invés de decorar os fatos, entenda-os! Em biológica, tudo possui uma lógica, e tudo está ligado! A chave é tentar compreender esta.

As crianças de hoje escutam o professor e repetem a informação passada, raramente questionam o motivo de ser assim, ou palpitam a razão de não ser assado. Uma boa aula é aquela onde tanto o aluno, quanto o professor aprendem algo, conhecem uma perspectiva diferente do assunto estudado. Afinal, dizem que na ciência, nenhuma verdade é absoluta.

Não me esqueço da minha conversa com meu professor Caione, sobre o conceito de tempo, espaço e eternidade. Ele me explicou sob a ótica da física, mas também, me deu a sua visão pessoal do assunto, meu acervo cultural cresceu muito só de aprender um novo ponto de vista disso tudo. E, espero eu, que meu olhar do assunto também tenha tido o mesmo efeito nele.

O Dr. Augusto Cury sempre comenta em suas obras que os alunos não estão aprendendo a pensar, a argumentar e a questionar. Além disso, segundo o mesmo, não estamos ensinando as crianças a reeditar as frustrações e traumas, e nem a lidar com derrotas e fracassos, pelo contrário, apenas cobra-se que elas se esforcem para serem as melhores.

Criança, hoje, além da escola normal, aprende diversos idiomas e fazem cursos extras, muitas vezes contra a vontade. Isso estressa a pobrezinha. Tudo isso é importante, mas a criança precisa brincar, para desenvolver sua criatividade, curiosidade, a espontaneidade, formar sonhos, descobrir a si mesmo para poder voar na direção do sucesso, pelo caminho que desejar.

Por isso, sou tão pró ao método japonês. Como mencionei antes, existem atividades além das aulas normais, mas ninguém é obrigado a nada. Apenas recomenda-se que se escolha algum “clube”. Pode-se escolher entre o clube de culinária, ou o clube de jornalismo, clube de rádio, cinema, desenho, biologia, artes, futebol, tênis, etc.

Em nosso país, o ensino atual prepara a pessoa para o mercado de trabalho, com inúmeros conceitos, fórmulas, informações e estudos. Às vezes, oferecem um pouco de prática. No entanto, estão esquecendo-se de aprontar os mesmos para a vida, para o bom convívio, e para serem humanos.

Treina-se o intelectual, mas abandona-se o emocional. O resultado disso, vemos em nosso dia a dia. Pessoas estressadas e irritadas, que nunca olham ao seu redor, não reparam em coisas maravilhosas e importantes como nas flores, no céu bonito, no arco-íris, nos amigos, no amor da sua vida; esquecem-se que o próximo tem sentimentos e vontades próprias, e que estas provém de uma criação diferente e uma formação de pensamentos e sentimentos que são de origens distintas de cada uma, acarretando na dificuldade de compreensão do próximo (quando há esta disposição); pessoas que querem impor seu modo de pensar/resolver as coisas, sem dar ouvidos a outras opiniões; o egoísmo/egocentrismo não intencional, ou seja, elas são assim sem perceber; dificuldade de reagir a uma crítica, uma derrota, um fracasso; a relutância em perdoar e se colocar no lugar do próximo; entre muitas outras coisas.

O assunto sobre educação é amplo, por isso, vou parar por aqui. Gostaria muito que todos refletissem no verdadeiro sentido da educação e do aprender, que se lembrassem da importância do questionar, e do ser curioso.

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!

Quem nunca sentiu solidão?

Post escrito originalmente em 3 de fevereiro de 2012.


Olá a todos! 🙂 Como vão?

No post de hoje, transcrevo um texto meu, que escrevi pensando em fatos que vivi e, também, que observei durante minha vida. Não é uma crítica a ninguém, e respeito quem pense diferente. É só algo que notei nas pessoas dos dias de hoje!

Quem nunca sentiu solidão?
Foto postada por Sérgio, deste blog.

Quem nunca sentiu solidão?

Dizer que “Não preciso de ninguém para ser feliz“, ou “sou feliz sendo sozinho(a)“. Não pode ser verdade. Existiria um alguém assim? Que nunca se sentiu só?
Quem diz isso, desconhece a solidão. Acredito que não há ninguém no mundo que não a tema.
Muitos poderão chamar isso de frescura, ou coisa de gente fraca ou dependente… mas não é essa a questão.

Viver só é possível, assim como gostar de estar só, também não é impossível… Mas duvido que alguém possa dizer “sou feliz“, com os olhos brilhando e o coração sorrindo, estando sozinho… sem poder compartilhar alegrias e tristezas com amigos, sem poder abraçar pais, familiares e pessoas queridas, sem nunca ter dito “te amo” para uma pessoa amada.
E se houver alguém assim, com certeza, essa pessoa nunca amou de verdade.

Aliás, tenho reparado que encontrar amor nas pessoas está cada vez mais raro… Vejo um oceano de egoísmo se espalhando por todos os lugares. E por conta disso, as pessoas se tornam mais solitárias, e pior, nem se dão conta disso.

Vejo muito isso: enquanto a pessoa é “útil”, mantém-se contato. Entendam a palavra “útil” no sentido mais amplo da palavra. Não só em questão de favores, ou de poder “usar” a pessoa, mas também para companhia (que sim, é algo que um amigo verdadeiro faz), para desabafos, etc… Porém, quando essa pessoa deixa de ser “útil”, ela simplesmente é descartada ou esquecida (já isso, não é algo que uma pessoa amiga deveria fazer)… sendo procurada novamente quando for “útil” de novo.
Pode parecer exagero, mas eu mesmo já levei “bronca” por não poder acompanhar uma pessoa numa saída.

É isso que chamo de egoísmo… essa pessoa nem perguntou o porque de não poder acompanhá-la… simplesmente achou ruim e pronto! Não houve interesse pela causa de não poder ir, e muito menos me permitiu explicar. Sei que não foi com intenção de magoar, e nem foi pensado… Hoje isso é “natural“! Todos (ou, a maioria) julgam sem saber os motivos!

Até mesmo em um desabafo, a pessoa que “escuta” julga a situação e a quem desabafa. Muitas vezes achando besteira, pois a resposta “certa” é “óbvia“. Porém eu digo… se fosse fácil, porque sofreríamos?
Raramente vejo alguém se colocando no lugar das outras pessoas, antes de julgá-las… muitas vezes o “certo” não é o melhor… tudo depende da situação e, principalmente, dos SENTIMENTOS de quem desabafa…
Aliás, quando alguém desabafa, ela não quer uma resposta certa, ela quer apenas compartilhar a tristeza (ou seja, desabafar!), portanto, deveríamos apenas ESCUTAR atentamente. Um conselho também é bem-vindo… um abraço talvez… para sentir a tristeza dessa pessoa… trocar ideias… mas nunca um julgamento ou uma sentença do tipo “é só fazer isso que resolve” ou “faz aquilo e pronto” ou “é tão fácil! Faz assim!“…

As pessoas se interessam pouco umas pelas outras, no entanto, elas querem que os outros se interessem por elas… muitas até forçam isso. E é fácil provar o que estou dizendo! Respondam: Quantas pessoas você, que está lendo este texto, conhece? Dessas pessoas que são conhecidas, por quantas você realmente se importa? Dessas pessoas com quem você se importa… de quantas você conhece seus sonhos? Suas alegrias? Suas tristezas? Seus traumas e medos? Quantas vezes você perguntou sobre isso para elas? Quantas vezes incentivou-as nesses aspectos?

Se o número for alto, parabéns! Você é uma exceção! 🙂

Muitos podem pensar “pra quê saber isso?“. Eu respondo: pelos mesmos motivos que tens ao querer contar de si mesmo para os outros. Porque você gosta de ser ouvido quando quer falar algo?

Fico triste vendo as pessoas se focarem tanto em si mesmas, desconsiderando totalmente os outros… ou ao ver pessoas rindo de alguém que está sofrendo… ou tiram sarro dos defeitos ou dificuldades dos outros… dói ver uma pessoa solidária ou boazinha se sacrificando pelos outros e sendo chamada de trouxa por causa disso, pela maioria, sendo que na verdade deveria ser admirada… pior ainda quando dizem que essa pessoa não tem amor próprio… afinal, é comum confundirem egoísmo com amor próprio.

O amor próprio é importante… temos que gostar e cuidar de nós mesmos! Mas de nada adianta estarmos bem conosco, se no final, estivermos sozinhos… Por isso procuramos alguém que possamos amar e que nos ame reciprocamente!

Para quem teve a paciência de ler até aqui, muito obrigado! Não precisam concordar comigo, eu posso estar errado quanto a esses assuntos… mas é a conclusão que cheguei nesses meus 25 anos de existência, ouvindo, observando, sofrendo, me decepcionando, sentindo, chorando, consolando… entendi que, ao contrário da maioria, preciso aprender a considerar e me preocupar menos com os outros… cuidar mais das pessoas que merecem e menos das demais… mas será que consigo?

Bom… Esse é o texto! Relendo agora, está mais com cara de desabafo! :p Desculpem! Mas enfim… Não escrevi nenhum post sobre a solidão, então fica valendo esse!

A solidão é um sentimento que, os que já o conhecem, temem! E os que não o conhecem, deveriam temer…

Lembrando que estar solitário e estar sozinho são coisas diferente! Quem está solitário, mesmo no meio de uma multidão conversando com ele, se sente só. Quem está sozinho, pode estar em algum lugar sem ninguém por perto, mas seu coração está preenchido. (Diferença sutil, mas importante!).

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!

Romantismo e o Amor, atualmente

Post escrito originalmente em 04 de agosto de 2014.


Olá pessoas! 🙂 Como estão?

Hoje falarei novamente sobre sentimentos! E o assunto é o Romantismo! Na verdade, não é bem um sentimento, e sim um modo de ser/enxergar as coisas. Porém, envolve sentimentos profundos.

O que irei abordar aqui, já pincelei em outros posts anteriores. Porém, enfoquei mais no sentimento de amor em si. Hoje o foco um pouco diferente.

Querer envelhecer ao lado da pessoa amada.
Imagem romântica – Querer envelhecer ao lado da pessoa amada.

Obviamente, não estou falando do movimento artístico e literário do século XIX. Embora tenha relações. Falo do Romantismo no sentido de apreciar e demonstrar o amor de forma lírica/apaixonada. O amor puro, sem malícias.

Ao meu entender, as atitudes românticas estão diretamente ligadas à gentileza, sinceridade e cavalheirismo (por parte dos homens).

Antigamente, era muito apreciado que um homem fosse cavalheiro, gentil e romântico, compondo poesias, fazendo serenatas, dizendo palavras doces/carinhosas e com sentidos metafóricos. Assim como ser um bom moço, era qualidade admirável.

Da mesma forma, as mulheres eram elogiadas quando eram igualmente gentis e doces, sendo respeitosas e confiáveis, o típico conceito de boa moça, ou moça de família. (Talvez pessoas mais jovens nem saibam mais o significado do termo “moça de família” e “bom moço”).

Naquela época, a confiança entre os casais era maior, as palavras tinham valores sinceros e, por isso, estas e as atitudes românticas eram muito valorizadas. A traição era algo considerado feio, por isso, era menos comum (veja bem, não estou dizendo que não existia, mas não era considerado “normal” como atualmente). E a necessidade do ciúmes também era menor. Concomitantemente, as pessoas se preocupavam mais com os sentimentos uns dos outros.

Agora… Como anda o Romantismo nos dias de hoje? Antes disso, vamos abordar os fatores ligados a este. Começando pelo cavalheirismo. Vejo que ele é quase inexistente. “Damas primeiro”, abrir a porta do carro para a mulher, mulher na frente ao subir escada, homem na frente ao descer escada (em ambos, no caso da mulher cair, para o homem poder aparar a queda), mulher no acento próximo à janela do ônibus/trem, etc. Coisas assim são raríssimas de se ver e, quando vejo, reparo mulheres reclamando! Já vi homem indo abrir a porta do carro para a mulher e esta achar ruim, dizendo que ela tem a capacidade de abrir a porta do carro sozinha! (Sim, presenciei isso! Fiquei chocado! Embora não tenha dito nada!). Acredito que mulheres assim contribuam para a extinção dos poucos homens cavalheiros… Afinal, não se trata de uma questão de capacidade ou superioridade do homem em abrir a porta… Enxergo isso como uma vontade do homem querer ser gentil, e proteger a mulher! Não por ela ser do “sexo frágil“, não acredito nisso… Mulher é, muitas vezes, bem mais forte que os homens! Mas sim, por ser um ser importante! É a questão de querer cuidar da mulher que lhe é especial.

Cavalheirismo é nada mais que gentileza masculina para com a mulher amada. Embora acho que devemos ser cavalheiros e cordiais com todas as mulheres, por educação, ao menos.

Falando em gentileza e educação… Atualmente andam em falta, não só em homens, mas nas mulheres também. Talvez pelo fato das pessoas estarem mais desconfiadas umas das outras, não há mais gentileza entre os próximos, ou melhor, há muito pouca.

Para exemplificar, contarei um caso que aconteceu comigo há tempos atrás: certa vez, no ônibus circular na cidade de São José do Rio Preto, vi uma senhora entrar e ofereci meu lugar para ela não ter que ficar de pé. A senhora me xingou durante todo o percurso do ônibus (que, graças à Deus, não foi longo), até eu descer… Nunca estive envolvido em um escândalo tão vergonhoso como aquele (já viu alguém sentir vergonha por ter tentado fazer uma boa ação?)… Ela me acusava de grosso e mal educado, pois dizia que ao oferecer o meu lugar, eu estava debochando dela, chamando-a de velha… Acho que são situações como esta que inibem mais as pessoas de fazerem gentilezas e/ou serem educadas.

Em contrapartida, num outro dia, na rodoviária da mesma cidade, vi uma senhora tropeçando e caindo. Fui ajudá-la a se levantar. O sorriso que ela me deu, e o sentimento de gratidão que ela demonstrou só por eu a ter acudido, tornou meu dia muito melhor. É nessas circunstâncias que vemos o quanto vale a pena ser gentil!

Além disso, tem mais um fator que quero analisar antes de falar do Romantismo em si. É o egocentrismo crescente. Não se pensa mais nos sentimentos alheios, independentemente se é de alguém conhecido ou não… Se não há ganhos ou outros interesses, simplesmente não notam os sentimentos dos outros, machucando-as friamente e, pior ainda, muitas vezes, sem ter consciência disso.

Muitas pessoas gostam de receber gentilezas, demonstrações de afeto/carinho, mas não possuem o costume de reconhecê-las, e muito menos, retribuí-las. Contudo, quando paramos de fazê-las, acham ruim, dizendo que não temos consideração, ou que ficamos mais frios, e assim, se afastam. Reclamam sem sequer refletir no motivo dessa mudança.

Esses fatores influem diretamente na forma como o Romantismo é tratado atualmente. Hoje, se o homem for muito Romântico e sentimental, corre risco de ser chamado de gay ou de brega (o que não tem nada a ver). Fazer poesias e enviá-las para pessoa amada, pode ser motivos de risadas e deboches. Eu escrevo poesias, por isso, sei bem como é. Isso, ao meu ver, é decorrente da falta de respeito e de cultura, por não enxergarem os sentimentos por trás dos atos e palavras.

Homem Romântico
Comparação humorística do homem romântico antigo e atual

Já ouvi histórias de homens que deram flores à suas respectivas amadas, e estas recusam dizendo que não gostam de flores. É de se respeitar o fato de não gostar de flores, no entanto, recusar o presente e dizer isto na cara do homem, demonstra o quão egocêntrica é essa pessoa, a ponto de manifestar seu próprio descontentamento, sem se importar com os sentimentos do rapaz. Se ele está entregando flores, provavelmente o está fazendo com sentimentos que contém significados. Penso que, não gostar de flores não é justificativa para machucar alguém. E a boa educação? Onde fica? Creio que quem passou por esta experiência passa a ter receio de dar flores a uma mulher, se ainda o fizer, talvez o faça com receio…

Tirinha - Flores
Tirinha humorística mostrando um possível homem “traumatizado” com o ato de dar flores.

No entanto, os homens também tem pontos a serem questionados. Muitos usam palavras e atitudes românticas para “aproveitar” das moças. Fingem (e como fingem) estar apaixonados, fazem juras de amor eterno e até escrevem poesias ou utilizam metáforas (o que, como poeta amador que sou, me deixa indignado) só para “ficar” ou “passar a noite” com a moça. Essas “artimanhas” são usadas não só em baladas e bailes, mas principalmente, na internet. Para mim, essa atitude, além de desonrar os homens, deturpa os sentidos da poesia e do romantismo, pode machucar profundamente a mulher, deixando cicatrizes em seu coração. Vi isso acontecer muitas e muitas vezes. É a demonstração extrema do egoísmo/egocentrismo e desrespeito ao próximo, já que visa somente o prazer próprio, sem se importar em ferir os sentimentos. Além de manchar o valor da arte chamada poesia. Há quem se justifica dizendo: “mas ela gostou”… Posso estar equivocado, mas não acredito que alguém goste de ser enganado, ouvindo palavras de amor falsas… e nem de serem usadas como objeto de prazer.

Utilidade do Romantismo nos dias de hoje
Tirinha que demonstra a “utilidade” do romantismo atualmente. (* modifiquei a tirinha original, por conter palavras que considero obscenas…)

Além do mais, existem mulheres começando a “brincar” com sentimentos dos homens também. Creio que alguns que são considerados “cafajestes“, um dia foram sérios e românticos, porém, tiveram seus corações como brinquedos, deixando-os desiludidos e fazendo-os chegar à conclusão de que “brincar” com os outros é melhor… (O mesmo deve ocorrer com algumas mulheres desiludidas…).

Mulher que brinca com os homens.
Mulher que “brinca” com os homens.

Percebem que, segundo este raciocínio, uma coisa leva a outra? E assim, pouco a pouco, as pessoas começam a não confiar mais em ninguém, devido à desilusões e feridas causadas por inconsequentes, e estas machucadas podem ferir ainda mais pessoas…

Claro, estes não são os únicos fatores da situação ter chegado a este ponto. Não irei abordar aqui tudo, pois fugirei do assunto principal, que é o Romantismo e o Amor.

Outra tira humorística comparado o Romantismo antigamente e o atual.
Outra tira humorística comparado o Romantismo antigamente e o atual.

Por tudo isso, percebo que o Romantismo foi banalizado… Não é mais levado a sério. Junto com ele foram os conceitos de amor verdadeiro, o significado do beijo e até do próprio ato sexual em si. Aliás, ser romântico é considerado uma estratégia, para se beijar alguém ou levá-la para cama, sem “precisar” ter sentimentos.

Romantismo é assim, atualmente...
Romantismo é assim, atualmente…

Contudo, pergunto: como ficam os românticos verdadeiros? Que expõe seus sentimentos sinceros? Que são alvo de risos e de desconfianças? – Pois acham que estão usando-se da estratégia já mencionada. – Deve-se desistir de ser romântico e acompanhar a maioria? O Romantismo verdadeiro vai acabar assim?

Eu valorizo muito coisas simples do “ser romântico“. Coisas como segurar as mãos da pessoa amada e caminhar assim, conversando sobre qualquer assunto, mesmo que seja besteirinha. Curtindo a presença da amada. Trocar carinhos inocentes, acariciando o rosto, abraços longos e apertados sem motivos especiais, olhar nos olhos, dar beijinhos carinhosos na testa, na ponta do nariz e nas bochechas, etc. São poucas pessoas que valorizam isso. Claro, beijar na boca é importante também! Mas, acredito que isso seja uma grande prova de amor! Uma demonstração de carinho imensa! E, quanto à relação sexual, para mim, é algo supremo! Um amor sem limites, onde se gosta tanto um do outro que deseja-se tornar um só, de corpo, alma e coração, “conotativa” e “denotativamente”. E, não, não é necessário esperar o casamento para isso, afinal, muitos casais casados não têm amor verdadeiro, assim como, muitos casais não casados, se amam sinceramente… É questão de sentimento dos dois envolvidos. É complicado definir em palavras, pois o amor possui vários outros sabores além do doce.

Amor verdadeiro ainda existe!
Amor verdadeiro ainda existe!

Acho importante os pequenos detalhes, palavras carinhosas, o modo de falar, o modo de agir… Até mesmo o silêncio pode ter efeitos positivos ou negativos dependendo da hora. Reparar nesse detalhes e dar importância a eles, faz parte de ser romântico. Porém, nem sempre estes detalhes são valorizados.

Falta de romantismo e educação.
Falta de romantismo e educação.

Outra coisa comum é, tanto homens quanto mulheres, reclamarem da falta de romantismo e/ou sinceridade um do outro, dizendo que “ninguém quer nada sério“… Estranho haver esta reclamação de ambos lados, não? Talvez não estejam olhando para o “lado” certo.

Às vezes, não enxergamos o que procuramos...
Às vezes, não enxergamos o que procuramos…

Um último detalhe: ser romântico é diferente de ser grudento ou meloso. Tem quem associe o Romantismo com pessoas que gostam de ficar abraçadas o dia inteiro… Isso já é gosto de cada um! Uma pessoa assim pode ser romântica ou não, indiferentemente do gosto de ficar sempre grudado.

Então, o que podemos fazer para melhorar isso? Mudar o mundo é complicado, mas se cada um se conscientizar e fizer sua parte, podemos realizar algo. Para mim, basta repararmos mais nos pequenos detalhes, nas palavras e gestos de carinho. Pensar no que fará a pessoa amada feliz, demonstrar e reconhecer o que o parceiro(a) faz por você, etc. Mas, o mais importante, fazer tudo isso com sinceridade, somente para a pessoa especial e única em sua vida.

Caso já tenha alguém na sua vida, mas não exista nenhum ato assim, comece você a fazer! Diga palavras carinhosas! Jogue fora a ideia de que isso é brega, vergonhoso ou qualquer coisa assim. Demonstrar o amor que temos pela pessoa especial é algo maravilhoso! E, receber uma resposta disso, é sensacional!

Quero deixar claro que, tudo o que escrevi neste post é meu ponto de vista. Não significa que eu esteja certo. Fiquem à vontade para opinar, desde que seja com respeito e educação.

Para encerrar, vai mais algumas tirinhas que encontrei na internet.

TIRINHAS ROMÂNTICAS:

Amor listradinho
Amor listradinho
Amor pinguim
Amor pinguim
Essa resumia meu ideal de amor
Essa resume resumia meu ideal de amor

TIRINHAS NÃO ROMÂNTICAS:

Romantismo e a chuva
Antigamente, o mais importante era estar com a pessoa amada. Hoje a própria aparência e os próprios interesses pessoais são mais importantes.
... Ou seja, não é um relacionamento sério, para ele! xD
… Ou seja, não é um relacionamento sério, para ele! xD
Muito romântico...
Muito romântico…

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!

Traição

Olá a todos! 🙂 Como vão?

Já que repostei um artigo sobre a Confiança, porque não falar um pouco do seu oposto: a traição. Afinal, já faz um tempo que não escrevo uma postagem realmente nova, não é?

Antes de tudo, quero avisar que irei contra-argumentar e concordar com opiniões de outras pessoas no decorrer deste post. No entanto, quero esclarecer que não tenho a mínima intenção de desrespeitar a visão de ninguém. Estou apenas usando-as como base para expressar a minha. E, é claro, estou aberto a ouvir pontos de vista distintos. Ninguém é dono da verdade, e conhecer outros ângulos do assunto, independentemente de concordar ou não, enriquece nosso olhar.

Traição
Traição – Foto retirada deste site.

Vamos começar com a definição da palavra em si, embora eu tenha certeza que seu significado é compreendido por todos.

1. quebra da fidelidade prometida e empenhada por meio de ato pérfido; aleivosia, deslealdade, perfídia.

2. crime cometido pelo cidadão que, perfidamente, pratica ato que atenta contra a segurança da pátria ou a estabilidade de suas instituições.

Resumindo, trair é quebrar a confiança que nos é depositada por alguém. A grande maioria associa este tema com relacionamentos amorosos, mas ele é válido para todos os tipos de relacionamentos. Todavia, enfocarei nas traições amorosas.

Andei dando uma fuçada em vários sites e blogs, e seus respectivos comentários, para ter uma ideia geral de como está a situação em nosso país. Infelizmente levei um grande susto!

Boa parte das pessoas estão convictas de que trair é algo normal, sendo que muitas delas já o fizeram. E, pior, acreditam que é uma forma de respeitar os desejos do próximo. Algumas postagens dão argumentos tão bem estruturados que quem não tem opinião bem formada, ou quem está inconscientemente (ou conscientemente) buscando por um “ok” para trair, vai cometer o ato na primeira oportunidade, pois é “natural”.

Mas, antes de falar sobre isso, vamos discorrer as principais motivos das traições (e vou contra-argumentar todos eles):

  • Insatisfação com o parceiro: por alguma razão, não se está plenamente satisfeito(a) com a pessoa ao lado. Muitas vezes, gosta-se deste(a), mas falta algo (pode ou não estar relacionado ao sexo).
    Contra-argumento: se está insatisfeito(a), então que tal conversar para resolver isso com o(a) parceiro(a)? Se realmente gosta/ama, então é uma boa forma de solucionar isso. Agora, se não há mais sentimentos, ou se não tem vontade de resolver isso, ao invés de trair, termine o relacionamento primeiro, não há necessidade de ferir o próximo a toa.
  • Medo de trocar o certo pelo duvidoso: sabe-se que o(a) parceiro(a) é excelente em vários sentidos, mas não tem mais nenhum sentimento por este(a). Não termina, pois acha que será difícil de encontrar alguém com estas qualidades, além de ser mais cômodo.
    Contra-argumento: primeiramente, é um pensamento totalmente egoísta. É uma situação em que todos saem infelizes, pois a própria pessoa se sentirá incompleta. Além de machucar muito o(a) parceiro(a).
  • Provar a masculinidade (claro, esta é exclusiva dos homens): fruto da cultura machista, onde o homem que é macho deve “catar” muitas mulheres. Isso é incentivado, inclusive, por alguns pais.
    Contra-argumento: acho que nem preciso escrever muito, né? Não existe relação alguma entre masculinidade e a quantidade de mulheres que “catou”. É uma atitude que só “usa” as mulheres, rebaixando-as a objetos de prazer e troféus para se gabar. Em minha opinião, tanto homens, quanto mulheres que agem desta forma são pessoas desrespeitosas consigo mesmas e com os próximos (principalmente com o(a) parceiro(a)).
  • Desejo de novas experiências: aquela busca por uma nova aventura, para quebrar a monotonia. A vontade de “experimentar” coisas novas com pessoas diferentes.
    Contra-argumento: se está monótono, a solução é o diálogo. Converse com o(a) parceiro(a), para poderem tomar atitudes que revertam essa rotina sem cor. Apimentar a relação é sempre bom! Se for experimentar coisas novas, por que não com o(a) amado(a)? Agora, se mesmo assim tem vontade de “experimentar outras carnes”, então termine o relacionamento primeiro, aí estará livre para fazer o que quiser sem machucar ninguém.
  • Para sentir-se sexy/desejado: segundo a ex-garota de programa, Vanessa de Oliveira, ocorre principalmente com casais de longa data, onde deseja-se verificar se ainda é desejado no “mercado” (fonte aqui, onde há também a visão da psicóloga Ana Maria Zampieri, sobre as motivações da traição.).
    Contra-argumento: isso é questão, novamente, de ego. Se já está feliz no relacionamento, qual o motivo de querer atrair olhares de terceiros? Isso é totalmente diferente de querer estar bem arrumado(a) para agradar o(a) parceiro(a), o que é algo positivo (e recomendado). Se há interesse em chamar a atenção de outros(as), então, talvez seja bom rever os sentimentos, talvez o amor tenha acabado e, se for o caso, é melhor terminar a relação.
  • Instinto animal: a desculpa mais dada, a de que “a carne é fraca”. Muitos dos traidores dizem que é impossível controlar o desejo (sexual) quando alguém atraente dá mole.
    Contra-argumento: para mim, é uma desculpa esfarrapada. Mas, se é tão irresistível assim, então não tenha relacionamentos sérios. Machucar o próximo por causa do prazer próprio é, mais uma vez, egoísmo.
  • Vingança (mais praticado pelas mulheres): ele deu mancada, então a traição é o “troco”.
    Contra-argumento: ao invés de dar a traição como troco, termine e procure alguém que não dê tanta mancada. Aliás, a mancada deve ser grave, para chegar ao ponto de querer trair. Para o meu entender, isso é falta de cumplicidade entre o casal. Errar todos erram, se a cada erro cometido houver troco, então é melhor não se relacionar. Falei bastante disso em outro post.
  • “Não faço isso com minha mulher, só com outras” (para os homens): algumas “coisas” que se tem vontade de fazer durante o sexo, que são consideradas “sujas” ou “obscenas” demais, sendo impróprio para a amada parceira, portanto, deve ser feita só com as “outras”.
    Contra-argumento: Fazer “essa coisa” com outra mulher é ainda mais obsceno e sujo (além de desrespeitoso com as “outras” e com a própria esposa/namorada). Se fizer isso, é melhor terminar antes, para não corromper/sujar a sua amada mulher. – Na verdade, isso é uma desculpa machista. Sobre as preferências e fantasias sexuais, deve-se haver sempre diálogo entre o casal, para que ambos estejam sempre realizados. E, de preferência, sempre inovando, pois não há obsceno para um casal que é amante entre si.
  • Príncipe encantado (para as mulheres): muitos falsos românticos que, usando-se de suas habilidades de Don Juan, encantam as moças mais românticas.
    Contra-argumento: Esses falsos românticos são muito mal vistos por mim, pois prejudicam as atitudes dos verdadeiros românticos. Mas enfim, por mais tentador que seja, trair ou não é questão de caráter, por tanto, ao meu entender, isso é apenas uma desculpa. E, se realmente aparecer um homem tão maravilhoso assim, que seja impossível de resistir, então termine o relacionamento, e fique com ele sem peso na consciência e, sem estilhaçar a confiança que o atual parceiro tem em você!
  • “Eu amo tanto minha mulher, visualizo tanta coisa em nosso futuro, tenho tanta confiança em nossa relação que não vejo problema algum em ficar com outras”: frase retirada deste artigo.
    Contra-argumento: Por que ficar com outra? Teste de confiança? Ao meu ver isso é quebra de confiança. Atitude egoísta, pois não está vendo os sentimentos do(a) parceiro(a), além de estar só usando as “outras” para o prazer. Na própria frase percebe-se traços do egocentrismo, na parte “(eu) não vejo problema em ficar com outras”. Será que a parceira também não vê problemas? Então não seria melhor dizer “nós não vemos problema em cada um de nós ficar com outros”? Mas aí, não é mais traição, pois é de comum acordo de ambas as partes, não havendo quebra de confiança.

Devem haver muitos outros motivos (desculpas) para se trair, mas acho que já está de bom tamanho. Quanto aos meus contra-argumentos, repararam que são todos bem parecidos? Tudo gira em torno do egoísmo/egocentrismo de quem trai e, a solução é sempre terminar antes de trair.

O que me preocupa é que tem até psicanalista dizendo que trair é normal, e a tendência é a sociedade passar a associar isso como algo natural, deixando de ser traição, em outras palavras, ter vários parceiros será o “correto” (palavras de Regina Navarro Lins. Veja aqui.). Daqui a pouco vamos sair por aí, nos relacionando com quem tivermos vontade, à torto direito.

Traição
Traição – Foto retirada deste site.

Há quem diga que os valores de que trair ser um fato errôneo, vem de pessoas com a mente restrita, que não compreendem que as pessoas são livres para terem o desejo que quiserem e, é egoísmo o parceiro querer impedir isso. Ou seja, o errado é quem é traído (!).

Eu retruco isso dizendo que liberdade não é ir fazendo o que bem entende. Liberdade é respeito ao próximo, sem ela, tudo tende ao caos. Um rápido exemplo para ilustrar esta questão da liberdade: Imaginem uma orquestra musical, já pensaram se cada músico que a compõe, por se achar livre, começar a tocar como bem entende, sem respeitar a partitura e os colegas? Certamente não sairia música alguma, e sim uma barulheira insuportável.

Na realidade, quem trai é que é egoísta, pois não considera/respeita os sentimentos do(a) parceiro(a). Um artigo que li diz que a traição é relativa, vou até transcrever um trecho:

“Observe como alguns se sentem traídos quando o outro sai para dançar sem avisar, enquanto outros não se sentem traídos quando rola sexo, mas sem envolvimento. A questão não depende exatamente das expectativas e acordos prévios, mas de como nos sentimos ou não traídos. É possível se sentir traído sem ter nenhum acordo rompido, assim como é possível não se sentir traído mesmo quando alguma expectativa se quebra.” (Gustavo Gitti. Trecho retirado deste artigo.)

Tudo bem que o sentimento de ser traído pode variar de pessoa para pessoa. E isso deve sim ser ponderado, para não virar caso de ciúmes extremo. Mas, a partir do momento que se está em compromisso com alguém, é preciso considerar os sentimentos do(a) parceiro(a). Se este autorizar que o namorado(a) faça sexo com outros(as), então não há traição, agora se é preciso esconder dele(a), já é outra coisa. É quebra de confiança, portanto, é traição.

Teoricamente, quando se namora (ou se está casado, noivo, etc.), conhece-se bem um ao outro, certo? Então, deve-se saber se o(a) parceiro(a) se importa ou não de ser “traído” (entre aspas, pois, de novo, se ele(a) não se importa, então não é traição, ao meu ver). Por outro lado, fazer sabendo que ele(a) se importa, é enxergar somente o próprio prazer, é o mesmo que dizer que não se importa em machucar o(a) atual parceiro(a). E isso não é expressar a própria liberdade de manifestar os desejos, pois está ferindo alguém.

Para exemplificar melhor, imaginem se alguém, andando na rua, ao cruzar com outra pessoa, começar agredi-la do nada, porque deu vontade, ou porque não foi com a cara dela. Isso também seria o direito de manifestação dos desejos, portanto, algo aceitável? Ou será que ferir os sentimentos de alguém é menos grave do que a ferida física? Creio que não….

Há também, quem defenda que é muito melhor amar sem compromisso. O casal fica junto, mas quando dá vontade, fica com outros. Isso funciona pelo simples fato de não haver laço algum entre os dois. É como se fosse um(a) amante preferido oficial, ao invés de namorado(a)/noivo(a)/marido/esposa, em meio a tantos outros amantes. Sendo assim, qual o sentido de se relacionar? Não seria melhor ficar solteiro, sendo livre para ficar com quem quiser?

Essa mentalidade é apenas a prova de que o conceito de amor foi totalmente distorcido. O importante é manter a pessoa “amada” ao seu lado, independentemente se ele(a) está traindo.

De fato, não podemos controlar o desejo do outro(a), todos temos liberdade, porém, ao concretizar o ato, este(a) está demonstrando que não possui o bom caráter e a sinceridade de lhe expressar isso, além de dizer que há outros(as) que podem substituí-lo(a) na cama, ou como companhia especial. Creio que se esse desejo é despertado, e não há vontade o suficiente de pará-lo, então já não há mais amor.

Penso eu que, o que as pessoas precisam entender é que, em um relacionamento, estão envolvidos outros sentimentos além dos seus próprios.

“Analisando os relacionamentos modernos percebemos que ninguém está muito interessado em manter um relacionamento por muito tempo, já entram de cabeça num namoro, noivado, casamento ou coisa do tipo no intuito de que ‘se não der certo tanto faz , separa’. Mas não é bem assim temos que entender que não entramos num relacionamento sozinhos, existe sentimento se não os seus, mas os da outra pessoa e não podemos passar por cima disso, achando que podemos fazer o que quiser que não trará consequências.” (Mariane Magno. Trecho deste post.)

Ao meu ver, ao invés de aceitar a traição como algo normal, devemos começar a plantar um pouco mais sobre o que é amar verdadeiramente, o significado do sexo (não, não é só para sentir prazer próprio), o valor dos laços com outras pessoas, além de apresentar a palavra “confiança” e “bom caráter”. Acredito que nós deveríamos admirar e elogiar as pessoas que não traem, ao invés de enaltecer quem trai.

Por fim, o que se deve fazer quando é traído?

Não há uma resposta certa, pois tudo depende da personalidade de cada um. No entanto, acredito que o perdão deva ser concedido, afinal, perdoar é uma virtude. Todavia, perdão é diferente de voltar a confiar. Aí vai da consciência e do gosto de cada um, em querer prosseguir o relacionamento mesmo sem confiança, ou terminar e buscar por alguém em que possa confiar com segurança. Eu, particularmente, escolheria a segunda opção.

Antes de encerrar, mais uma vez, quero deixar claro que tudo isso é apenas minha opinião. Posso estar equivocado, talvez a maioria esteja certa e trair seja algo natural e deva ser aceito no dia a dia (?), todavia, acho quase impossível alguém conseguir me convencer disso.

Por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!

Abraços!