Na postagem de hoje falarei sobre algo muito comum, principalmente na juventude, o tal do sofrimento por amor. Se bem que, com a atual deturpação do conceito de amor, não sei se os jovens de hoje passam por isso, já que possuem outros valores.
Primeiramente, vamos tentar listar as causas do suposto sofrimento. Penso que na maior parte das vezes, isso ocorre quando o sentimento não é correspondido. Afinal, a probabilidade de acontecer de um casal se apaixonar à primeira vista mutuamente não costuma ser alta (falo de interesse amoroso genuíno, sem segundas intenções sexuais ou financeiros.).
Outra causa, é a desilusão amorosa. Um dos lados tem uma imagem do(a) parceiro(a), mas, descobre-se que não é bem assim. Isso pode acontecer com o convívio, ou com atitudes mais condenáveis como a traição, por exemplo. Neste último, não é só uma desilusão, mas também, uma quebra de confiança.
Existem outros motivos de sofrimentos causados por “amor”, mas, a grande maioria advém do ego, como por exemplo, ciúmes, conflitos causados quando um dos lados não obedece o outro, antagonismo de valores distintos, etc.
Antes de prosseguir, gostaria de contar um trecho do livro “ASSIM SE CONCRETIZA O AMOR“, de autoria do professor Masaharu Taniguchi, mestre e fundador da SEICHO-NO-IE. Neste, ele conta a história de um dorama que chamou sua atenção. Neste, a mocinha, ao saber que seu amado passou a noite com outra, disse que ela “perdeu seu grande amor“. Um outro personagem (se não me falha a memória, o irmão dela), disse que ela nunca perdeu nada, pois nunca teve o seu amor, e que ela nunca o amou realmente. O amor é um sentimento sublime, onde não existe sofrimento e nem perda. Se alguém sofre por amor, então é porque não é amor verdadeiro. Os trechos que são pertinentes a esta postagem são:
“O amor verdadeiro jamais resulta em perda.“
“(…) O amor desprendido, o amor que não espera recompensas. Como ele ama a pessoa esperando algo em troca, esse amor não é verdadeiro. O amor verdadeiro jamais leva ao desespero. O amor verdadeiro é perdão irrestrito.“
É daí que vem o título dessa postagem. Um relacionamento embasado em amor verdadeiro não há perdas e nem sofrimentos. Isso pois, há reciprocidade de um sentimento genuíno e puro. Ambos farão o melhor pelo companheiro(a) e, mesmo quando houver desentendimento ou atrito, com um bom diálogo e reflexão, pode-se entrar em acordo.
Quando um dos lados não está amando verdadeiramente, então, o relacionamento já não é mais enraizado no amor, mesmo que o outro lado esteja sendo sincero. Não existe relação de um lado só. Mesmo assim, o lado que tem sentimentos reais não sofrerá, pois, quando se ama de verdade, há felicidade apenas pela existência da pessoa amada, independentemente da correspondência ou não. Fica-se satisfeito só de saber que ela está bem e feliz. É o que chamam de amor incondicional, que não espera retorno. Transcendendo o ego, não existe insegurança, ciúmes, medo, desconfiança. Como dizem, quem ama, liberta. Deve deixar ir.
Com “deixar ir”, quero dizer, seguir em frente, por caminhos diferentes. Afinal, se não há amor verdadeiro do outro lado, não existe motivos para prosseguir com o relacionamento. Não podemos e nem devemos mudar as pessoas.
Penso que o melhor exemplo de amor verdadeiro veio do Grande Mestre, Senhor Jesus Cristo. Mas, não falo dele como filho de Deus, e sim como humano. Lendo a coleção “Mestre dos Mestres“, de Augusto Cury, que retrata a história de Cristo e seus discípulos, na perspectiva da psicologia e psiquiatria, deixando de lado os pontos que entram na esfera da fé (como os milagres, por exemplo); percebe-se o grande amor que o homem Jesus teve pelos seus discípulos e por todos que o seguiram. Mais ainda, o amor incondicional que ele teve por toda a humanidade, incluindo os que atentaram contra a sua existência física efêmera neste mundo.
Ele amou seus discípulos, e não exigiu nada em troca. Eles o decepcionaram por diversas vezes, mas Cristo nunca sofreu e nem se frustrou com eles, pois os amava. Cristo convidava as pessoas a seguirem ele, porém, nunca os forçava. E também, não se bronqueava para com os que não desejavam as suas palavras. Isso é um exemplo perfeito de amor verdadeiro.
Deixando claro, quando não há reciprocidade, é impossível sustentar um relacionamento saudável. Todavia, a parte que possui em seu âmago, o sentimento genuíno, não irá sofrer também, pois, libertar quem se ama é o maior ato de amor incondicional.
Mas, aí vem a outra questão: o que fazer depois de separar e seguir seu caminho? É para esquecer? Como esquecer? Já ouvi muito pessoas dizendo “para esquecer um amor, só com outro amor”! Mas, pelo que conversamos acima, já dá para entender que isso é besteira! Beijar ou fazer sexo com outra pessoa para esquecer alguém só trás mais solidão, desrespeita a si mesmo, e à outra pessoa. Aliás, agir dessa forma, já denota que não havia amor nem em relação à quem se quer esquecer e, muito menos, para com a pessoa que se está usando para tal.
Com isso, não estou dizendo que não se pode amar novamente. Mas, isso vem naturalmente, e sem objetivos ocultos como esquecer outra pessoa. O amor é como uma flor plantada no jardim chamado coração. Logo ao lado, onde uma flor morreu, pode nascer outra. Mas, veja que elas são independentes.
Penso que, o melhor a se fazer é seguir em frente com a vida! Buscar novos sonhos e objetivos, dedicar-se no seu autodesenvolvimento e autoconhecimento, para que, quando cruzar com outra pessoa interessante, você seja uma pessoa melhor e, tenha mais bagagem para perceber se o outro lado é uma boa escolha para si.
“Não chores por uma desilusão amorosa, porque se você se iludiu não foi um amor verdadeiro.” (Romário Oliveira)
Não precisa esquecer a pessoa que ficou para trás. Desde que você mantenha com você de forma saudável. Ou seja, guarde os aprendizados que teve com ela e as boas lembranças. Afinal, isso faz parte da sua história e de quem você é atualmente. Não devemos negar o que nos constitui. Inclusive as feridas, são provas de que você sobreviveu e ficou mais forte, são experiências importantes para que não cometa os mesmos erros, ou para que perceba coisas que não perceberia se não tivesse se machucado lá atrás. Então, não precisa esquecer.
Obviamente, com isso, não estou dizendo para alimentar os sentimentos e, muito menos, a esperança de um dia voltar a aqueles dias. Por isso, eu disse, mantenha tudo isso contigo, de forma saudável. Jogue fora o apego, a toxicidade, o rancor, a raiva (sim, perdoe! Perdoar, não significa voltar ao relacionamento!), e tudo o que possa te prender a essa pessoa. Seja grato por tudo de bom e deixe ir!
Penso que o amor próprio é o primordial. Deves estar bem consigo mesmo, antes de querer amar outras pessoas. Caso contrário, apenas refletirá suas carências no outro, buscando supri-las. E, isso nunca dá certo, pois, remete ao ego e, como já discorremos, se há excesso de ego num relacionamento, não tem como ser saudável.
Por hoje é isso!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯
Na postagem de hoje tratarei sobre um assunto que anda meio “fora de moda“, mas, que considero algo muito importante: o casamento.
Primeiramente, vamos defini-lo. Segundo o site “Origem da Palavra“, “casamento” vem do latim, “Casamentum“, que significa “terreno com uma habitação instalada” (requisito para o casal viver em paz, sem conflitos com o resto da família). Evidentemente, a palavra tem origem em “Casa” (choupana, morada pobre em latim), que posteriormente tomou o lugar da palavra “Domus” (concepção atual de casa).
Ao meu entender, o casamento é a formação de um novo lar, com uma nova família. É a união física e espiritual entre dois indivíduos, que se tornam um perante Deus (dependendo de sua religião.). É a manifestação suprema do amor, selado por um laço sagrado e maravilhoso.
E, porque eu disse que está fora de moda? Bem, segundo estatísticas do IBGE de 2020, com dados de 2019, revela que os brasileiros estão casando menos e, os que casam, tem o tempo de duração em queda (CNN Brasil | IBGE).
Acredito que estamos vivendo uma fase de banalização do que significa o casamento, bem como o próprio conceito de amor (no sentido romântico mesmo). Percebo que o peso da palavra “amor” está cada vez mais gasoso (nem líquido é mais), tendo em vista que ela é usada à torto direito no cotidiano, em situações banais (Exemplo: experimente entrar em uma foto sexy de algum(a) influencer, o que vai ter de gente dizendo “te amo”, ou “casa comigo” é assustador.).
E, isso se reflete nos relacionamentos, igualmente, cada vez mais gasosos. A falta de compromisso, somada à aversão de assumir responsabilidades tornam as relações cada vez mais casuais. O que explica a duração, cada vez menor, dos casamentos (isso quando se consegue chegar em um.).
Além disso, percebo um certo incentivo pela mídia, à promiscuidade e à guerra dos sexos, desestimulando o matrimônio. Isso é bem evidente nas músicas que fazem sucesso em nosso país, incentivando o sexo casual e a poligamia. Sobre os gêneros, coloca-se mulheres contra os homens de forma exacerbada, transformando problemas reais que as mulheres passam, em razão para atacar/odiar os homens.
Abaixo, um vídeo do Bruno Giglio que ilustra como a promiscuidade afetou o noivo (via YouTube):
Deixando claro que a moça tem todo o direito de usar a roupa que quiser. Todavia, aparentemente, os valores dela não são compatíveis com os do noivo. Será que um casamento assim vai durar? Esperamos que sim, mas….
Aliás, este é outro motivo dos relacionamentos estarem cada vez mais difíceis. Os homens estão começando a evitar as mulheres para se protegerem de ser acusados (isso acarreta em movimentos como MGTOW, e modos de viver como a Red Pill.). Vide que até olhar para uma mulher pode ser considerado assédio sexual (adeus flertes e paqueras, afinal, como saber se uma pessoa lhe é atraente, se não pode nem olhar para ela?). Confiram um exemplo abaixo (via YouTube), vídeo comentado pelo Gustavo Lázaro:
E, para quem acha que este é um caso isolado, achei um outro vídeo (do canal ANCAPSU), que tem uma perspectiva mais voltada para o trabalho, mas, que aborda esse lance do olhar ser assédio. Coloquei para o vídeo começar no ponto que ele trata do assunto, mas, assistam ele inteiro, não conhecia esse canal, todavia, independente de concordar ou não, é importante contemplar outras visões dos mais diversos assuntos (via YouTube):
Outro agravante, que está relacionado ao tópico anterior, é uma soma de fatores: leis que beneficiam mulheres + aumento de falsas acusações + a palavra da mulher servir como prova. Acho muito importante que hajam leis que protejam e resolvam problemas que elas podem sofrer no cotidiano, todavia, penso que essas leis deveriam se aplicar aos homens também, mesmo se essas situações sejam mais comuns de ocorrer com as mulheres. Isso seria importante para manter a premissa de que “todos são iguais perante a lei“. À partir do momento que um gênero tem uma proteção ou prioridade a mais, então esta já não é mais válida.
A questão da falsa acusação, já é algo bem evidente em casos famosos que caíram na mídia, porém, para não dizer que são casos isolados, temos o advogado François Pimentel Moreira afirmando isso (via YouTube):
E, temos o vídeo da Deputada Ana Campagnolo, que também ilustra isso (via YouTube):
Sobre a palavra da mulher ter mais peso para a Justiça, a juíza Luciana Fiala discorre (em um corte do canal À Deriva) que se a mulher repetir a mesma fala em todas as vezes que forem perguntadas, sim, o homem já é condenado, mesmo que não haja outras provas (via YouTube):
Penso que, tudo isso já justifica a queda dos casamentos. Mas, tem outras razões, como por exemplo, a deturpação do motivo de se casar. Obviamente, o que direi à seguir não reflete uma totalidade e, espero eu, nem a maioria. Todavia, é algo que tem aparecido cada vez mais de forma recorrente, o que faz com que os homens fiquem receosos de se relacionar. O ponto é o interesse no patrimônio.
Não consegui achar o vídeo, mas, tem uma advogada que responde perguntas de inscritos que afirmou que o tipo mais comum de pergunta que ela recebe das mulheres é sobre quanto tempo ela precisa “suportar” um homem para poder ficar com parte do patrimônio dele.
Todavia, para ilustrar, temos este do Bruno Giglio comentando sobre a resposta de advogadas à suas seguidoras questionando sobre o direito de tomar os bens de um namorado (via YouTube):
Talvez muitos não saibam, mas, mesmo sem casar, se a Justiça considerar união estável, quando ocorre a separação, ela trata como um divórcio de separação parcial de bens. Por isso, cada vez mais, estão surgindo o contrato de namoro (leiam mais sobre aqui, no Jusbrasil.), para declarar que o casal está se relacionando sem intenção de construir família, e assim, evitar problemas com os bens (se você assistiu ao vídeo acima, deve ter notado que nem com esse contrato, os bens estão seguros.). Percebem como isso afeta os casamentos e a formação de novas famílias?
No vídeo à seguir, mais um caso, onde uma mulher que traiu seu marido está querendo o imóvel e a pensão (via YouTube):
Já a advogada Ináh Confolonieri dá algumas dicas interessantes sobre os contratos de casamento, falsa acusação e como proteger o seu patrimônio (via YouTube):
Para encerrar este ponto, um último vídeo que mostra uma mulher interessada em pegar dinheiro do ex-cunhado (via YouTube):
Além disso, parece estar havendo uma banalização do divórcio, incentivado em especial pela mídia e pelos artistas. Perdeu-se aquela noção de que o casamento é para o resto da vida, onde o casal fazia o possível para que isso acontecesse. Atualmente, vê-se muito pessoas dizendo: “Ah, se não der certo, é só separar.”. Assim, casa-se e divorcia-se de forma banal.
Nesse sentido, acho mais coerente as pessoas que apenas “juntam”. Todavia, voltamos no problema dos bens. Sobre o casamento, o pastor Cláudio Duarte falou bonito sobre o significado do casamento. O vídeo trás o assunto com base no recente divórcio da Sandy, mas, esse pano de fundo, é irrelevante para esta postagem, atentem na mensagem (via YouTube):
Com isso, é possível ter uma perspectiva do nosso cenário atual em relação aos casamentos. A promiscuidade crescendo, mulheres se aproveitando dos benefícios que a Justiça lhe dão para prejudicar o homem e tirar proveito, homens fugindo de relacionamentos e evitando mulheres, guerra dos sexos, fim do conceito genuíno de amor, queda do interesse em formar família, e por aí vai….
Aliás, o próprio conceito de família está ruindo. Há um grande movimento que está trabalhando para isso. Não quero entrar no mérito político da coisa (não é meu objetivo), mas, o vídeo abaixo ilustra como existem pessoas que desprezam o conceito de família (até aí tudo bem, mas, querer impor isso à outras pessoas é que não está certo.). Confiram o vídeo da Ana Campagnolo (via YouTube):
Outro que fala sobre o fim do conceito tradicional de família é o Júlio Lobo, aliás, achei o vídeo dele sensacional! Ele aponta de forma sucinta o que está causando esse fim (via YouTube):
Talvez… eu até faça uma postagem discorrendo sobre o assunto deste vídeo. Quem sabe?
O casamento era para ser algo sagrado e feliz. A união de duas pessoas que se amam verdadeira e profundamente, e que tem vontade de crescer juntos! O apoio mútuo dos sonhos e objetivos, com um acrescentando na vida do outro. Como construir algo assim, quando hoje, um quer se sobrepor ao outro?
Penso que outros fatores também atrapalham os casais neste mundo moderno. Por exemplo, as redes sociais. Com o advento destas, as pessoas passaram ter contato com um número muito maior de pessoas, o limite é o mundo! Se na época do famigerado orkut, já haviam problemas quando se estava em relacionamento, imagina hoje que as conexões são mais abrangentes e instantâneas? O leque de possibilidades é imenso! Aí, a confiança do casal é colocada à prova, entrando na jogada os valores e princípios de ambos.
Outro ponto, é que as pessoas estão cada vez mais focadas em seus trabalhos e em outras preocupações do nosso cotidiano, que não há tempo para se dedicarem à relacionamento. Quantas crianças não estão crescendo passando mais tempo com a babá, ou com a creche, ou com os avós (ou outros parentes) do que com seus pais?
Também, não é segredo que vivemos uma epidemia de depressão e ansiedade (entre outros problemas da mente), o que pode travar completamente a vida de uma pessoa em todos os aspectos (profissional, afetivo, social, emocional). Como essas pessoas poderiam pensar em casamento, sem antes se resolverem primeiro? Algumas tentam, mas, as chances de dar errado são altas (quem conhece a depressão, ansiedade, fobia, entre outros, sabe como é difícil de lidar, afetando a todos que estão à sua volta.).
Isso é tudo o que me veio em mente sobre o assunto, mas, tenho certeza que existem muitas outras causas do casamento ser algo cada vez menos procurado.
Um de meus sonhos, de quando eu era jovem, era formar uma família unida e feliz. Que se respeita, e apoia. Que, em atritos, sabe respirar fundo e ouvir mutuamente com calma, buscando um meio termo. Que ficaria junto até o partir deste mundo. Não que eu tenha desistido disso, porém, estou ciente dos cuidados que preciso ter e, que não será fácil.
Por outro lado, quero ainda acreditar, que o Amor de forma genuína existe! Que os valores de família e união não são ultrapassados! Que um dia, as pessoas voltarão a enxergar o que é realmente importante. Só assim, o casamento voltará a ter sentido. Até lá, recomendo ter cuidado!
“O casamento só deve ser consolidado quando existe o amor verdadeiro. Quando o casal toma consciência de que deseja fazer um ao outro feliz. Quando ambos estão dispostos a anular o próprio ego para fazer brilhar o sorriso da alma da pessoa amada.
Casamento é um compromisso sagrado, onde um casal se une para construir uma nova família, conquistar um lar juntos e manifestar a felicidade mútua. É quando um sela o coração do outro com o amor profundo. Ao meu ver, este é o verdadeiro sentido do casamento.”
(Elson Diogo Masuzawa, em postagem de dezembro de 2012, não mais disponível).
Bom, por hoje é só!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯
Hoje farei uma postagem com base no que li no livro “As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis“, de autoria de Augusto Cury. Este livro é excelente, não apenas para casais. Seus conceitos podem e devem ser aplicados a todos os tipos de relacionamentos.
Ao mesmo tempo, mencionarei também, o modo de ver da SEICHO-NO-IE sobre o tema.
O assunto é abrangente, por isso, vou iniciá-lo com uma pergunta para os casais (sejam namorados, noivos, juntados, amigados, casados, etc.): Você conhece seu parceiro(a)?
Muitos dirão: “Que pergunta tola! Claro que conheço!”. Então questiono: Conhece mesmo?
Vamos à raiz da questão. O que significa conhecer alguém? É saber o nome e o rosto da pessoa? É conhecer seus gostos? É saber suas características (físicas e comportamentais)? Sim! É tudo isso, mas creio que isto seja apenas um conhecer superficial. Ao meu entender, conhecer de verdade alguém é saber seus sonhos, seus medos, suas virtudes, seus traumas, seus sucessos, seus fracassos… entender o que irrita, o que fascina, o que encanta, o que magoa… enfim, se interessar pela pessoa em questão.
Depois de discorrer o conceito de “conhecer” a que me refiro, refaço a pergunta: Você conhece seu parceiro(a)?
Por qual razão os casais do mundo atual separam-se tão facilmente? Acho que não é segredo o fato de que antigamente os casamentos eram mais duradouros. Claro, tem a questão cultural, atualmente as coisas são mais “liberais“. Mas não é essa a questão que desejo tratar aqui.
Augusto Cury, em seu livro “Ansiedade“, conta sobre o maior mal do nosso século, o SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado). Em resumo, pensamos rápido demais, temos excesso de informações em nossa mente, somados à pressa exigida no nosso sistema, e à quantidade enorme de coisas a fazer e se preocupar, nos tornamos máquinas impacientes e ansiosas. Não se consegue mais parar para apreciar o momento, pois nossas mentes vivem aceleradas olhando para o futuro, afetando diretamente a nossa qualidade de vida.
Essa ansiedade e aceleramento, no qual nos psicoadaptamos, torna o ser humano mais individualista, egocêntrico e incapaz de se colocar no lugar do próximo. Para casais, isto é uma bomba atômica!!!
Para uma boa relação, o essencial é o diálogo. Dialogo, implica em uma conversa onde quando um fala o outro escuta, e vice-versa. Em um diálogo, não há indiretas, acusações, críticas, ataques e contra-ataques, quando elas estão presentes chamamos de discussão/briga. Um individualista/egocêntrico não consegue dialogar, pois deseja impor seu modo de ver as coisas a seu parceiro(a), e quando há imposição, o outro lado tende (consciente ou inconscientemente) a se defender, quebrando assim, a condição de diálogo.
No entanto, quando se há um diálogo verdadeiro, há compreensão do modo de pensar do companheiro(a) (colocando-se um no lugar do outro). Ao compreender, independentemente de concordar ou não, e após expor o ponto de vista próprio, é possível procurar uma solução que seja um ponto médio para as mais diversas divergências, sem a necessidade de brigar/discutir/criticar/acusar/julgar/quebrar o pau.
Assim, pode-se ter uma convivência mais harmoniosa. Conhecendo realmente o parceiro(a), tudo fica mais fácil. Porém, só conhecer não adianta. O mais importante é: o que fazer com esta informação?
Para que serve um par romântico? Para ser carinhoso? Para beijar? Para partir para o “bem bom“? Para fazer companhia nas diversas ocasiões, acabando com a solidão? Sim, tudo isso é essencial. Porém, é mais ainda, ao meu ver, o apoio recíproco aos sonhos, a preocupação com a felicidade e satisfação um do outro, o ombro amigo para se molhar com as lágrimas em momentos difíceis, a ajuda para superar medos e traumas, a disposição de se colocar no lugar um do outro. As informações obtidas, ao conhecer verdadeiramente o(a) parceiro(a) servem exatamente para isso! Para ser o par romântico um do outro. Percebem a importância disso?
No entanto, temos um outro problema aí, muito comum entre os casais nos dias de hoje. Ao invés de um deles (ou os dois) dar tudo o que um par romântico deveria oferecer (espontaneamente, é claro), eles(as) apenas o cobram do parceiro(a). A cobrança, junto com a crítica, são os maiores venenos para qualquer tipo de relação.
“A cobrança excessiva esfacela a liberdade, bloqueia a sua capacidade de se superar e se reinventar. Casais doentes são especialistas em cobrar um do outro. Estão aptos para trabalhar numa financeira, mas não para ter uma bela história de amor.” (Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
Há quem diga: “Mas e se eu me doar, e não receber o retorno?“.
Primeiramente, quem doa esperando a recompensa não o está fazendo por amor, e sim por interesse. Ao meu ver, quando se age assim, é até natural não receber o retorno. Quando o amor é verdadeiro, a doação é incondicional. Porém, entendo a indagação acima, nem sempre é fácil agir assim, porém, Cury diz:
“Doe-se sem medo para o seu parceiro ou parceira, mas diminua ao máximo a expectativa de retorno. Lembre que cobrar muito dos outros os traumatiza e esperar muito deles é traumatizante. Ser um agiota da emoção dos outros é ser um carrasco deles, ter expectativas enormes em relação aos outros é ser algoz de si mesmo.” (Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
Outro motivo para as cobranças entre casais, é a necessidade irracional de querer mudar o outro. Deseja-se que o parceiro(a) seja e haja como se imagina/deseja; ou acha-se que o seu próprio modo de fazer as coisas é o melhor (às vezes pode ser, às vezes não). E, para isso, cobra-se muito, compara-se muito (com outras pessoas que consideram brilhantes), critica-se e, muitas vezes, rebaixa-se quem deveríamos apoiar.
Não podemos forçar o outro a mudar. Não devemos esquecer que o outro também é um ser humano, que pensa e sente diferente. Tem ideias e convicções distintas. Não podemos e nem devemos muda-las. Aliás, mudar a essência de alguém é impossível. Podemos piorá-la, traumatizando-a com as atitudes que mencionei no parágrafo anterior. Por outro lado, é possível influenciar quem amamos. Contudo, a decisão de mudar é única e exclusivamente da própria pessoa.
“Devemos entender que toda mente é um cofre, não existem mentes impenetráveis, mas chaves corretas. Infelizmente somos especialistas em arrombar o cofre das pessoas.”(Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
Segundo Cury, a melhor forma de contribuir com alguém é conquistar o território da emoção, e depois, o da razão. E o que significa isso? Antes de apontar a um erro/falha da pessoa amada, é preciso mostrar que a valoriza, que quer o bem dela.
“Precisamos ser carismáticos e empáticos, surpreender, elogiar e mostrar que valorizamos quem pretendemos ajudar e, num segundo momento, explicar generosamente seu comportamento inadequado.” (Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
Obviamente, a pessoa não mudará de uma hora para outra, mas agindo assim, ela pensará com mais motivação e carinho nas palavras ditas. O que seria diferente se a mesma fosse dita em forma de crítica ou cobrança. Ao agir desta forma, estão fazendo-a ficar na defensiva, certamente ela não refletirá com bons olhos as palavra ditas. Nada que é forçado é saudável, isso não é atitude de amor verdadeiro.
“Quem conquista o território da emoção desenha no solo da memória das pessoas caras uma imagem solene. Pode ser pequeno por fora, mas será gigantesco por dentro. Suas palavras podem ser brandas, mas serão ouvidas. Suas atitudes podem ser generosas, mas terão impacto” (Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
Se ambos agirem desta forma, não concordam que a harmonia entre o casal pode se tornar algo mais palpável? Não existem casais perfeitos que nunca entram em desacordo, mas existem casais inteligentes, que conhecem seus parceiros verdadeiramente, que compreendem o ponto do outro e busca, junto com o(a) parceiro(a) a melhor saída.
“A relação desinteligente é intensamente instável, enquanto a relação saudável, ainda que golpeada for focos de ansiedade, tem estabilidade. A relação desinteligente é saturada de tédio, enquanto a saudável tem uma aura de aventura. Na relação desinteligente, um é perito em reclamar do outro, enquanto, na relação saudável, um se curva em agradecimento ao outro. Na relação desinteligente, os atores são individualistas, pensam somente em si, enquanto, na saudável, os partícipes são especialistas em procurar fazer o outro feliz. Na relação doente se cobra muito e se apoia pouco, na saudável se doa muito e se cobra pouco.” (Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
“De maneira geral, as brigas conjugais acontecem por motivos fúteis. Falta esforço para compreender a intenção e o amor, um do outro. Os sentimentos se exacerbam e acabam levando a uma ‘guerra’ desnecessária.” (Seicho Taniguchi – Amor Conjugal).
“Não basta um casal se amar. É preciso aprender como amar, como apoiar um ao outro, como se harmonizar e como manter a alegria diária, observando as leis da natureza.”(Seicho Taniguchi – Amor Conjugal).
O amor não é só palavra, é atitude e a compreensão desta. A questão é ter consciência de que ninguém gosta de ser tratado com rispidez/indelicadeza, assim como de ser julgado/criticado. Por isso, o tom de voz ao conversar é essencial. Elevar a voz é uma atitude que não expressa amor, e sim o oposto, faz a pessoa se fechar afim de se proteger. A harmonia ocorre quando há vontade mútua de se tornar um.
“A reconciliação verdadeira não é obtida nem pela tolerância nem pela condescendência mútua. Ser tolerante ou ser condescendente não significa estar em harmonia do fundo do coração. A reconciliação verdadeira será consolidada quando houver o recíproco agradecer.” (Revelação Divina do “Acendedor dos Sete Candeeiros” – Revelação Divina da noite de 27 de setembro de 1931 – Masaharu Taniguchi)
Para a SEICHO-NO-IE, as atitudes do cônjuge são reflexos da atitude mental própria. Se há algo de errado no comportamento do parceiro(a), então, provavelmente existe alguma coisa na postura mental que não está correta. Em outras palavras, para mudar o próximo é preciso mudar a si mesmo. Deve-se deixar de enxergar as imperfeições e reparar somente nas qualidades e perfeições do parceiro(a). Pois, conforme a Lei Mental (esta lei é abordada de forma mais espiritualizada pela SEICHO-NO-IE. Para quem prefere algo mais científico, leiam “O Segredo“, de Rhonda Byrne, que explica a mesma lei de forma menos ligada à religião e crença.), manifesta-se no mundo fenomênico somente o que reconhecemos, e reconhecemos aquilo em que reparamos e nos focamos.
O ideal, é chegar ao nível do recíproco e constante agradecer. Quando há gratidão verdadeira mútua, a harmonia conjugal ocorre naturalmente. Pois, nesses casos, todos os tipos de críticas e cobranças desaparecem, afinal, ninguém critica/cobra/julga a quem é grato. Assim, evidencia-se mais e mais a unidade do casal.
Pode parecer um paradoxo, apesar de um casal verdadeiro ser um (de corpo e alma), não significa que um pertença ao outro. Cada um é um ser livre, com pensamentos e sentimentos próprios. E, para as coisas irem bem, é necessário a harmonia de ambos os modos de ver o mundo. E isso se faz espontaneamente com conversas, pois se há amor verdadeiro, há a vontade de estar juntos.
“Um parceiro verdadeiramente maduro não tolhe nem asfixia quem ama. Ao contrário, dá-lhe liberdade, inclusive para partir, pois sabe do próprio valor, não aceita ser querido por pressão, chantagem ou manipulação, enfim, pelos atalhos mentais, mas por doses elevadas de espontaneidade. Se for abandonado quem perderá será o outro, pois ele ou ela procurará ser mais saudável e feliz.” (Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
Quando há amor verdadeiro, cada um fica ao lado do outro por espontânea vontade. Faz o possível pela felicidade do outro, deseja fortalecer os laços de confiança e respeito. São reciprocamente empáticos.
“Uma pessoa empática não substitui as pessoas que ama por novelas, videogames, internet, celulares, bares. Tem-nas em altíssima conta, por isso estão sempre fazendo planos de ficar, viajar e ter atividades juntas. E você? Quando chega em sua casa promove um ambiente acolhedor e encantador? As pessoas que você ama são sua prioridade ou estão em segundo plano?” (Augusto Cury – As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis).
No mesmo livro, Cury coloca algumas perguntas que pessoas empáticas podem/costumam fazer a seus parceiros(as):
– “O que posso fazer para ajudá-lo a ser mais feliz?”
– “Que medos e pesadelos o assombram e eu desconheço?”
– “Conte comigo sem receios, estou aqui para compreender e não para julgar.”
– “Onde foi que eu machuquei você e não soube?”
– “Eu amo você, dê-me uma nova chance.”
Recomendo muito o livro de Cury. Nos faz enxergar os relacionamentos de uma perspectiva diferente, assim como, nos permite percebe nossos próprios erros, e dos de quem amamos. Além de instruir como fazer para melhorar nossos laços com quem nos é caro. Afinal, como disse lá no início, são tópicos importantes não só para casais, mas para todos os tipos de relacionamentos.
Também recomendo os outros livros que citei neste post, o de Seicho Taniguchi e o da Rhonda Byrne.
Bom, encerro por aqui!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!
Hoje falarei novamente sobre sentimentos! E o assunto é o Romantismo! Na verdade, não é bem um sentimento, e sim um modo de ser/enxergar as coisas. Porém, envolve sentimentos profundos.
O que irei abordar aqui, já pincelei em outros posts anteriores. Porém, enfoquei mais no sentimento de amor em si. Hoje o foco um pouco diferente.
Obviamente, não estou falando do movimento artístico e literário do século XIX. Embora tenha relações. Falo do Romantismo no sentido de apreciar e demonstrar o amor de forma lírica/apaixonada. O amor puro, sem malícias.
Ao meu entender, as atitudes românticas estão diretamente ligadas à gentileza, sinceridade e cavalheirismo (por parte dos homens).
Antigamente, era muito apreciado que um homem fosse cavalheiro, gentil e romântico, compondo poesias, fazendo serenatas, dizendo palavras doces/carinhosas e com sentidos metafóricos. Assim como ser um bom moço, era qualidade admirável.
Da mesma forma, as mulheres eram elogiadas quando eram igualmente gentis e doces, sendo respeitosas e confiáveis, o típico conceito de boa moça, ou moça de família. (Talvez pessoas mais jovens nem saibam mais o significado do termo “moça de família” e “bom moço”).
Naquela época, a confiança entre os casais era maior, as palavras tinham valores sinceros e, por isso, estas e as atitudes românticas eram muito valorizadas. A traição era algo considerado feio, por isso, era menos comum (veja bem, não estou dizendo que não existia, mas não era considerado “normal” como atualmente). E a necessidade do ciúmes também era menor. Concomitantemente, as pessoas se preocupavam mais com os sentimentos uns dos outros.
Agora… Como anda o Romantismo nos dias de hoje? Antes disso, vamos abordar os fatores ligados a este. Começando pelo cavalheirismo. Vejo que ele é quase inexistente. “Damas primeiro”, abrir a porta do carro para a mulher, mulher na frente ao subir escada, homem na frente ao descer escada (em ambos, no caso da mulher cair, para o homem poder aparar a queda), mulher no acento próximo à janela do ônibus/trem, etc. Coisas assim são raríssimas de se ver e, quando vejo, reparo mulheres reclamando! Já vi homem indo abrir a porta do carro para a mulher e esta achar ruim, dizendo que ela tem a capacidade de abrir a porta do carro sozinha! (Sim, presenciei isso! Fiquei chocado! Embora não tenha dito nada!). Acredito que mulheres assim contribuam para a extinção dos poucos homens cavalheiros… Afinal, não se trata de uma questão de capacidade ou superioridade do homem em abrir a porta… Enxergo isso como uma vontade do homem querer ser gentil, e proteger a mulher! Não por ela ser do “sexo frágil“, não acredito nisso… Mulher é, muitas vezes, bem mais forte que os homens! Mas sim, por ser um ser importante! É a questão de querer cuidar da mulher que lhe é especial.
Cavalheirismo é nada mais que gentileza masculina para com a mulher amada. Embora acho que devemos ser cavalheiros e cordiais com todas as mulheres, por educação, ao menos.
Falando em gentileza e educação… Atualmente andam em falta, não só em homens, mas nas mulheres também. Talvez pelo fato das pessoas estarem mais desconfiadas umas das outras, não há mais gentileza entre os próximos, ou melhor, há muito pouca.
Para exemplificar, contarei um caso que aconteceu comigo há tempos atrás: certa vez, no ônibus circular na cidade de São José do Rio Preto, vi uma senhora entrar e ofereci meu lugar para ela não ter que ficar de pé. A senhora me xingou durante todo o percurso do ônibus (que, graças à Deus, não foi longo), até eu descer… Nunca estive envolvido em um escândalo tão vergonhoso como aquele (já viu alguém sentir vergonha por ter tentado fazer uma boa ação?)… Ela me acusava de grosso e mal educado, pois dizia que ao oferecer o meu lugar, eu estava debochando dela, chamando-a de velha… Acho que são situações como esta que inibem mais as pessoas de fazerem gentilezas e/ou serem educadas.
Em contrapartida, num outro dia, na rodoviária da mesma cidade, vi uma senhora tropeçando e caindo. Fui ajudá-la a se levantar. O sorriso que ela me deu, e o sentimento de gratidão que ela demonstrou só por eu a ter acudido, tornou meu dia muito melhor. É nessas circunstâncias que vemos o quanto vale a pena ser gentil!
Além disso, tem mais um fator que quero analisar antes de falar do Romantismo em si. É o egocentrismo crescente. Não se pensa mais nos sentimentos alheios, independentemente se é de alguém conhecido ou não… Se não há ganhos ou outros interesses, simplesmente não notam os sentimentos dos outros, machucando-as friamente e, pior ainda, muitas vezes, sem ter consciência disso.
Muitas pessoas gostam de receber gentilezas, demonstrações de afeto/carinho, mas não possuem o costume de reconhecê-las, e muito menos, retribuí-las. Contudo, quando paramos de fazê-las, acham ruim, dizendo que não temos consideração, ou que ficamos mais frios, e assim, se afastam. Reclamam sem sequer refletir no motivo dessa mudança.
Esses fatores influem diretamente na forma como o Romantismo é tratado atualmente. Hoje, se o homem for muito Romântico e sentimental, corre risco de ser chamado de gay ou de brega (o que não tem nada a ver). Fazer poesias e enviá-las para pessoa amada, pode ser motivos de risadas e deboches. Eu escrevo poesias, por isso, sei bem como é. Isso, ao meu ver, é decorrente da falta de respeito e de cultura, por não enxergarem os sentimentos por trás dos atos e palavras.
Já ouvi histórias de homens que deram flores à suas respectivas amadas, e estas recusam dizendo que não gostam de flores. É de se respeitar o fato de não gostar de flores, no entanto, recusar o presente e dizer isto na cara do homem, demonstra o quão egocêntrica é essa pessoa, a ponto de manifestar seu próprio descontentamento, sem se importar com os sentimentos do rapaz. Se ele está entregando flores, provavelmente o está fazendo com sentimentos que contém significados. Penso que, não gostar de flores não é justificativa para machucar alguém. E a boa educação? Onde fica? Creio que quem passou por esta experiência passa a ter receio de dar flores a uma mulher, se ainda o fizer, talvez o faça com receio…
No entanto, os homens também tem pontos a serem questionados. Muitos usam palavras e atitudes românticas para “aproveitar” das moças. Fingem (e como fingem) estar apaixonados, fazem juras de amor eterno e até escrevem poesias ou utilizam metáforas (o que, como poeta amador que sou, me deixa indignado) só para “ficar” ou “passar a noite” com a moça. Essas “artimanhas” são usadas não só em baladas e bailes, mas principalmente, na internet. Para mim, essa atitude, além de desonrar os homens, deturpa os sentidos da poesia e do romantismo, pode machucar profundamente a mulher, deixando cicatrizes em seu coração. Vi isso acontecer muitas e muitas vezes. É a demonstração extrema do egoísmo/egocentrismo e desrespeito ao próximo, já que visa somente o prazer próprio, sem se importar em ferir os sentimentos. Além de manchar o valor da arte chamada poesia. Há quem se justifica dizendo: “mas ela gostou”… Posso estar equivocado, mas não acredito que alguém goste de ser enganado, ouvindo palavras de amor falsas… e nem de serem usadas como objeto de prazer.
Além do mais, existem mulheres começando a “brincar” com sentimentos dos homens também. Creio que alguns que são considerados “cafajestes“, um dia foram sérios e românticos, porém, tiveram seus corações como brinquedos, deixando-os desiludidos e fazendo-os chegar à conclusão de que “brincar” com os outros é melhor… (O mesmo deve ocorrer com algumas mulheres desiludidas…).
Percebem que, segundo este raciocínio, uma coisa leva a outra? E assim, pouco a pouco, as pessoas começam a não confiar mais em ninguém, devido à desilusões e feridas causadas por inconsequentes, e estas machucadas podem ferir ainda mais pessoas…
Claro, estes não são os únicos fatores da situação ter chegado a este ponto. Não irei abordar aqui tudo, pois fugirei do assunto principal, que é o Romantismo e o Amor.
Por tudo isso, percebo que o Romantismo foi banalizado… Não é mais levado a sério. Junto com ele foram os conceitos de amor verdadeiro, o significado do beijo e até do próprio ato sexual em si. Aliás, ser romântico é considerado uma estratégia, para se beijar alguém ou levá-la para cama, sem “precisar” ter sentimentos.
Contudo, pergunto: como ficam os românticos verdadeiros? Que expõe seus sentimentos sinceros? Que são alvo de risos e de desconfianças? – Pois acham que estão usando-se da estratégia já mencionada. – Deve-se desistir de ser romântico e acompanhar a maioria? O Romantismo verdadeiro vai acabar assim?
Eu valorizo muito coisas simples do “ser romântico“. Coisas como segurar as mãos da pessoa amada e caminhar assim, conversando sobre qualquer assunto, mesmo que seja besteirinha. Curtindo a presença da amada. Trocar carinhos inocentes, acariciando o rosto, abraços longos e apertados sem motivos especiais, olhar nos olhos, dar beijinhos carinhosos na testa, na ponta do nariz e nas bochechas, etc. São poucas pessoas que valorizam isso. Claro, beijar na boca é importante também! Mas, acredito que isso seja uma grande prova de amor! Uma demonstração de carinho imensa! E, quanto à relação sexual, para mim, é algo supremo! Um amor sem limites, onde se gosta tanto um do outro que deseja-se tornar um só, de corpo, alma e coração, “conotativa” e “denotativamente”. E, não, não é necessário esperar o casamento para isso, afinal, muitos casais casados não têm amor verdadeiro, assim como, muitos casais não casados, se amam sinceramente… É questão de sentimento dos dois envolvidos. É complicado definir em palavras, pois o amor possui vários outros sabores além do doce.
Acho importante os pequenos detalhes, palavras carinhosas, o modo de falar, o modo de agir… Até mesmo o silêncio pode ter efeitos positivos ou negativos dependendo da hora. Reparar nesse detalhes e dar importância a eles, faz parte de ser romântico. Porém, nem sempre estes detalhes são valorizados.
Outra coisa comum é, tanto homens quanto mulheres, reclamarem da falta de romantismo e/ou sinceridade um do outro, dizendo que “ninguém quer nada sério“… Estranho haver esta reclamação de ambos lados, não? Talvez não estejam olhando para o “lado” certo.
Um último detalhe: ser romântico é diferente de ser grudento ou meloso. Tem quem associe o Romantismo com pessoas que gostam de ficar abraçadas o dia inteiro… Isso já é gosto de cada um! Uma pessoa assim pode ser romântica ou não, indiferentemente do gosto de ficar sempre grudado.
Então, o que podemos fazer para melhorar isso? Mudar o mundo é complicado, mas se cada um se conscientizar e fizer sua parte, podemos realizar algo. Para mim, basta repararmos mais nos pequenos detalhes, nas palavras e gestos de carinho. Pensar no que fará a pessoa amada feliz, demonstrar e reconhecer o que o parceiro(a) faz por você, etc. Mas, o mais importante, fazer tudo isso com sinceridade, somente para a pessoa especial e única em sua vida.
Caso já tenha alguém na sua vida, mas não exista nenhum ato assim, comece você a fazer! Diga palavras carinhosas! Jogue fora a ideia de que isso é brega, vergonhoso ou qualquer coisa assim. Demonstrar o amor que temos pela pessoa especial é algo maravilhoso! E, receber uma resposta disso, é sensacional!
Quero deixar claro que, tudo o que escrevi neste post é meu ponto de vista. Não significa que eu esteja certo. Fiquem à vontade para opinar, desde que seja com respeito e educação.
Para encerrar, vai mais algumas tirinhas que encontrei na internet.
TIRINHAS ROMÂNTICAS:
TIRINHAS NÃO ROMÂNTICAS:
Bom, por hoje é só!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!
Já que repostei um artigo sobre a Confiança, porque não falar um pouco do seu oposto: a traição. Afinal, já faz um tempo que não escrevo uma postagem realmente nova, não é?
Antes de tudo, quero avisar que irei contra-argumentar e concordar com opiniões de outras pessoas no decorrer deste post. No entanto, quero esclarecer que não tenho a mínima intenção de desrespeitar a visão de ninguém. Estou apenas usando-as como base para expressar a minha. E, é claro, estou aberto a ouvir pontos de vista distintos. Ninguém é dono da verdade, e conhecer outros ângulos do assunto, independentemente de concordar ou não, enriquece nosso olhar.
Vamos começar com a definição da palavra em si, embora eu tenha certeza que seu significado é compreendido por todos.
1. quebra da fidelidade prometida e empenhada por meio de ato pérfido; aleivosia, deslealdade, perfídia.
2. crime cometido pelo cidadão que, perfidamente, pratica ato que atenta contra a segurança da pátria ou a estabilidade de suas instituições.
Resumindo, trair é quebrar aconfiança que nos é depositada por alguém. A grande maioria associa este tema com relacionamentos amorosos, mas ele é válido para todos os tipos de relacionamentos. Todavia, enfocarei nas traições amorosas.
Andei dando uma fuçada em vários sites e blogs, e seus respectivos comentários, para ter uma ideia geral de como está a situação em nosso país. Infelizmente levei um grande susto!
Boa parte das pessoas estão convictas de que trair é algo normal, sendo que muitas delas já o fizeram. E, pior, acreditam que é uma forma de respeitar os desejos do próximo. Algumas postagens dão argumentos tão bem estruturados que quem não tem opinião bem formada, ou quem está inconscientemente (ou conscientemente) buscando por um “ok” para trair, vai cometer o ato na primeira oportunidade, pois é “natural”.
Mas, antes de falar sobre isso, vamos discorrer as principais motivos das traições (e vou contra-argumentar todos eles):
Insatisfação com o parceiro: por alguma razão, não se está plenamente satisfeito(a) com a pessoa ao lado. Muitas vezes, gosta-se deste(a), mas falta algo (pode ou não estar relacionado ao sexo). Contra-argumento: se está insatisfeito(a), então que tal conversar para resolver isso com o(a) parceiro(a)? Se realmente gosta/ama, então é uma boa forma de solucionar isso. Agora, se não há mais sentimentos, ou se não tem vontade de resolver isso, ao invés de trair, termine o relacionamento primeiro, não há necessidade de ferir o próximo a toa.
Medo de trocar o certo pelo duvidoso: sabe-se que o(a) parceiro(a) é excelente em vários sentidos, mas não tem mais nenhum sentimento por este(a). Não termina, pois acha que será difícil de encontrar alguém com estas qualidades, além de ser mais cômodo. Contra-argumento: primeiramente, é um pensamento totalmente egoísta. É uma situação em que todos saem infelizes, pois a própria pessoa se sentirá incompleta. Além de machucar muito o(a) parceiro(a).
Provar a masculinidade (claro, esta é exclusiva dos homens): fruto da cultura machista, onde o homem que é macho deve “catar” muitas mulheres. Isso é incentivado, inclusive, por alguns pais. Contra-argumento: acho que nem preciso escrever muito, né? Não existe relação alguma entre masculinidade e a quantidade de mulheres que “catou”. É uma atitude que só “usa” as mulheres, rebaixando-as a objetos de prazer e troféus para se gabar. Em minha opinião, tanto homens, quanto mulheres que agem desta forma são pessoas desrespeitosas consigo mesmas e com os próximos (principalmente com o(a) parceiro(a)).
Desejo de novas experiências: aquela busca por uma nova aventura, para quebrar a monotonia. A vontade de “experimentar” coisas novas com pessoas diferentes. Contra-argumento: se está monótono, a solução é o diálogo. Converse com o(a) parceiro(a), para poderem tomar atitudes que revertam essa rotina sem cor. Apimentar a relação é sempre bom! Se for experimentar coisas novas, por que não com o(a) amado(a)? Agora, se mesmo assim tem vontade de “experimentar outras carnes”, então termine o relacionamento primeiro, aí estará livre para fazer o que quiser sem machucar ninguém.
Para sentir-se sexy/desejado: segundo a ex-garota de programa, Vanessa de Oliveira, ocorre principalmente com casais de longa data, onde deseja-se verificar se ainda é desejado no “mercado” (fonte aqui, onde há também a visão da psicóloga Ana Maria Zampieri, sobre as motivações da traição.). Contra-argumento: isso é questão, novamente, de ego. Se já está feliz no relacionamento, qual o motivo de querer atrair olhares de terceiros? Isso é totalmente diferente de querer estar bem arrumado(a) para agradar o(a) parceiro(a), o que é algo positivo (e recomendado). Se há interesse em chamar a atenção de outros(as), então, talvez seja bom rever os sentimentos, talvez o amor tenha acabado e, se for o caso, é melhor terminar a relação.
Instinto animal: a desculpa mais dada, a de que “a carne é fraca”. Muitos dos traidores dizem que é impossível controlar o desejo (sexual) quando alguém atraente dá mole. Contra-argumento: para mim, é uma desculpa esfarrapada. Mas, se é tão irresistível assim, então não tenha relacionamentos sérios. Machucar o próximo por causa do prazer próprio é, mais uma vez, egoísmo.
Vingança (mais praticado pelas mulheres): ele deu mancada, então a traição é o “troco”. Contra-argumento: ao invés de dar a traição como troco, termine e procure alguém que não dê tanta mancada. Aliás, a mancada deve ser grave, para chegar ao ponto de querer trair. Para o meu entender, isso é falta de cumplicidade entre o casal. Errar todos erram, se a cada erro cometido houver troco, então é melhor não se relacionar. Falei bastante disso em outro post.
“Não faço isso com minha mulher, só com outras” (para os homens): algumas “coisas” que se tem vontade de fazer durante o sexo, que são consideradas “sujas” ou “obscenas” demais, sendo impróprio para a amada parceira, portanto, deve ser feita só com as “outras”. Contra-argumento: Fazer “essa coisa” com outra mulher é ainda mais obsceno e sujo (além de desrespeitoso com as “outras” e com a própria esposa/namorada). Se fizer isso, é melhor terminar antes, para não corromper/sujar a sua amada mulher. – Na verdade, isso é uma desculpa machista. Sobre as preferências e fantasias sexuais, deve-se haver sempre diálogo entre o casal, para que ambos estejam sempre realizados. E, de preferência, sempre inovando, pois não há obsceno para um casal que é amante entre si.
Príncipe encantado (para as mulheres): muitos falsos românticos que, usando-se de suas habilidades de Don Juan, encantam as moças mais românticas. Contra-argumento: Esses falsos românticos são muito mal vistos por mim, pois prejudicam as atitudes dos verdadeiros românticos. Mas enfim, por mais tentador que seja, trair ou não é questão de caráter, por tanto, ao meu entender, isso é apenas uma desculpa. E, se realmente aparecer um homem tão maravilhoso assim, que seja impossível de resistir, então termine o relacionamento, e fique com ele sem peso na consciência e, sem estilhaçar a confiança que o atual parceiro tem em você!
“Eu amo tanto minha mulher, visualizo tanta coisa em nosso futuro, tenho tanta confiança em nossa relação que não vejo problema algum em ficar com outras”: frase retirada deste artigo. Contra-argumento: Por que ficar com outra? Teste de confiança? Ao meu ver isso é quebra de confiança. Atitude egoísta, pois não está vendo os sentimentos do(a) parceiro(a), além de estar só usando as “outras” para o prazer. Na própria frase percebe-se traços do egocentrismo, na parte “(eu) não vejo problema em ficar com outras”. Será que a parceira também não vê problemas? Então não seria melhor dizer “nós não vemos problema em cada um de nós ficar com outros”? Mas aí, não é mais traição, pois é de comum acordo de ambas as partes, não havendo quebra de confiança.
Devem haver muitos outros motivos (desculpas) para se trair, mas acho que já está de bom tamanho. Quanto aos meus contra-argumentos, repararam que são todos bem parecidos? Tudo gira em torno do egoísmo/egocentrismo de quem trai e, a solução é sempre terminar antes de trair.
O que me preocupa é que tem até psicanalista dizendo que trair é normal, e a tendência é a sociedade passar a associar isso como algo natural, deixando de ser traição, em outras palavras, ter vários parceiros será o “correto” (palavras de Regina Navarro Lins. Veja aqui.). Daqui a pouco vamos sair por aí, nos relacionando com quem tivermos vontade, à torto direito.
Há quem diga que os valores de que trair ser um fato errôneo, vem de pessoas com a mente restrita, que não compreendem que as pessoas são livres para terem o desejo que quiserem e, é egoísmo o parceiro querer impedir isso. Ou seja, o errado é quem é traído (!).
Eu retruco isso dizendo que liberdade não é ir fazendo o que bem entende. Liberdade é respeito ao próximo, sem ela, tudo tende ao caos. Um rápido exemplo para ilustrar esta questão da liberdade: Imaginem uma orquestra musical, já pensaram se cada músico que a compõe, por se achar livre, começar a tocar como bem entende, sem respeitar a partitura e os colegas? Certamente não sairia música alguma, e sim uma barulheira insuportável.
Na realidade, quem trai é que é egoísta, pois não considera/respeita os sentimentos do(a) parceiro(a). Um artigo que li diz que a traição é relativa, vou até transcrever um trecho:
“Observe como alguns se sentem traídos quando o outro sai para dançar sem avisar, enquanto outros não se sentem traídos quando rola sexo, mas sem envolvimento. A questão não depende exatamente das expectativas e acordos prévios, mas de como nos sentimos ou não traídos. É possível se sentir traído sem ter nenhum acordo rompido, assim como é possível não se sentir traído mesmo quando alguma expectativa se quebra.” (Gustavo Gitti. Trecho retirado deste artigo.)
Tudo bem que o sentimento de ser traído pode variar de pessoa para pessoa. E isso deve sim ser ponderado, para não virar caso de ciúmes extremo. Mas, a partir do momento que se está em compromisso com alguém, é preciso considerar os sentimentos do(a) parceiro(a). Se este autorizar que o namorado(a) faça sexo com outros(as), então não há traição, agora se é preciso esconder dele(a), já é outra coisa. É quebra de confiança, portanto, é traição.
Teoricamente, quando se namora (ou se está casado, noivo, etc.), conhece-se bem um ao outro, certo? Então, deve-se saber se o(a) parceiro(a) se importa ou não de ser “traído” (entre aspas, pois, de novo, se ele(a) não se importa, então não é traição, ao meu ver). Por outro lado, fazer sabendo que ele(a) se importa, é enxergar somente o próprio prazer, é o mesmo que dizer que não se importa em machucar o(a) atual parceiro(a). E isso não é expressar a própria liberdade de manifestar os desejos, pois está ferindo alguém.
Para exemplificar melhor, imaginem se alguém, andando na rua, ao cruzar com outra pessoa, começar agredi-la do nada, porque deu vontade, ou porque não foi com a cara dela. Isso também seria o direito de manifestação dos desejos, portanto, algo aceitável? Ou será que ferir os sentimentos de alguém é menos grave do que a ferida física? Creio que não….
Há também, quem defenda que é muito melhor amar sem compromisso. O casal fica junto, mas quando dá vontade, fica com outros. Isso funciona pelo simples fato de não haver laço algum entre os dois. É como se fosse um(a) amante preferido oficial, ao invés de namorado(a)/noivo(a)/marido/esposa, em meio a tantos outros amantes. Sendo assim, qual o sentido de se relacionar? Não seria melhor ficar solteiro, sendo livre para ficar com quem quiser?
Essa mentalidade é apenas a prova de que o conceito de amor foi totalmente distorcido. O importante é manter a pessoa “amada” ao seu lado, independentemente se ele(a) está traindo.
De fato, não podemos controlar o desejo do outro(a), todos temos liberdade, porém, ao concretizar o ato, este(a) está demonstrando que não possui o bom caráter e a sinceridade de lhe expressar isso, além de dizer que há outros(as) que podem substituí-lo(a) na cama, ou como companhia especial. Creio que se esse desejo é despertado, e não há vontade o suficiente de pará-lo, então já não há mais amor.
Penso eu que, o que as pessoas precisam entender é que, em um relacionamento, estão envolvidos outros sentimentos além dos seus próprios.
“Analisando os relacionamentos modernos percebemos que ninguém está muito interessado em manter um relacionamento por muito tempo, já entram de cabeça num namoro, noivado, casamento ou coisa do tipo no intuito de que ‘se não der certo tanto faz , separa’. Mas não é bem assim temos que entender que não entramos num relacionamento sozinhos, existe sentimento se não os seus, mas os da outra pessoa e não podemos passar por cima disso, achando que podemos fazer o que quiser que não trará consequências.” (Mariane Magno. Trecho deste post.)
Ao meu ver, ao invés de aceitar a traição como algo normal, devemos começar a plantar um pouco mais sobre o que é amar verdadeiramente, o significado do sexo (não, não é só para sentir prazer próprio), o valor dos laços com outras pessoas, além de apresentar a palavra “confiança” e “bom caráter”. Acredito que nós deveríamos admirar e elogiar as pessoas que não traem, ao invés de enaltecer quem trai.
Por fim, o que se deve fazer quando é traído?
Não há uma resposta certa, pois tudo depende da personalidade de cada um. No entanto, acredito que o perdão deva ser concedido, afinal, perdoar é uma virtude. Todavia, perdão é diferente de voltar a confiar. Aí vai da consciência e do gosto de cada um, em querer prosseguir o relacionamento mesmo sem confiança, ou terminar e buscar por alguém em que possa confiar com segurança. Eu, particularmente, escolheria a segunda opção.
Antes de encerrar, mais uma vez, quero deixar claro que tudo isso é apenas minha opinião. Posso estar equivocado, talvez a maioria esteja certa e trair seja algo natural e deva ser aceito no dia a dia (?), todavia, acho quase impossível alguém conseguir me convencer disso.
Por hoje é só!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!
Hoje vou falar sobre um assunto que considero muito importante! É a base do amor e de qualquer outro tipo de relacionamento: a confiança!
Confiar realmente em alguém, nos dias de hoje, é difícil e arriscado, pois há muitas pessoas que sempre gostam de passar a perna, enganar e aproveitar-se das outra pessoas.
Porém, a confiança é algo essencial em qualquer relacionamento! Seja de amor entre namorados/marido e mulher, seja em amizade, ou mesmo entre sócios, parceiros de negócio e até entre chefe e empregado. A confiança é que permite o crescimento e desenvolvimento de todos (principalmente quando o sentimento é mútuo).
No entanto, a confiança é frágil como o cristal, quebra-se facilmente, e uma vez quebrada, requer muito esforço para “consertar” (quando há conserto… muitas vezes não há!). Qualquer ato de mentira e/ou traição já trinca este cristal tão puro que é a confiança.
Algo que eu acho estranho em nossa cultura é que em casos em que uma pessoa engana/mente/trai a outra, a pessoa enganada é chamada de boba e todos riem e zombam dela… Como se ela fosse culpada! E a pessoa que enganou/mentiu/traiu é considerada esperta… Sendo até, muitas vezes, motivo de orgulho!
A coisa não está invertida? No Japão, pelo que fico sabendo de quem já esteve por lá, a pessoa que enganou/mentiu/traiu que é considerada culpada e é criticada, zombada e “apedrejada”. Lá estes atos são motivo de vergonha! E a pessoa enganada é a vítima, que precisa ser protegida e amparada. Parece-me que isto é o que deveria ser o senso comum. Embora, criticar não seja algo elogiável, mesmo que o alvo tenha culpa realmente, mas, faz mais sentido do que na situação que descrevi no parágrafo anterior….
Bom, por hora é só!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!
No post de hoje estou trazendo um texto que recebi por e-mail. Faz um tempão que eu queria comentar ele aqui, mas sempre fui deixando de lado… É um texto de Arnaldo Jabor, na qual discordo de boa parte… Explicarei o porque depois de transcrever o texto dele:
Quem não dá assistência, abre concorrência
“Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o “nível” intelectual, cultural e, principalmente, “liberal” de sua mulher, namorada e etc.
Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído – ou nos termos usuais: “corneado”. Saiba de uma coisa… esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça ou, então, assumir seu “chifre” em alto e bom som.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma “mulher moderna”?
A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante…
É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços…
É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda…
Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer…
Assim, após um processo “investigatório” junto a essas “mulheres modernas” pude constatar o pior:
VOCÊ SERÁ (OU É???) “corno”, a menos que:
– Nunca deixe uma “mulher moderna” insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
– Não ache que ela tem poderes “adivinhatórios”. Ela tem de saber – da sua boca – o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às consequências expostas acima.
– Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol…) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de “chifrudo”. As “mulheres modernas” dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente “cheias de amor pra dar” e precisam da “presença masculina”. Se não for a sua meu amigo… bem…
– Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
– Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As “mulheres modernas” têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam em – e querem – fazer sexo todos os dias (pasmem, mas é a pura verdade)…bom, nem precisa dizer que se não for com você…
– Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
Nem pense em provocar “ciuminhos” vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
– Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um “chifre” tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS “comedor” do que você… só que o prato principal, bem…dessa vez é a SUA mulher.
Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem… de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece… Quando você reparar… já foi.
– Tente estar menos “cansado”. A “mulher moderna” também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para – como diziam os homens de antigamente – “dar uma”, para depois, virar pro lado e simplesmente dormir.
– Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em “baladas”, “se pegando” em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A “mulher moderna” não pode sentir falta dessas coisas…senão…
Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão “quem não dá assistência, abre concorrência”.
Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas “mancadas”… proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso.
Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele “bonitão” que vive enchendo-a de olhares… e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!”
(Arnaldo Jabor)
Geralmente, as mulheres vibram com este texto, que até tem fundamentos, mas que irei contrariar ao longo deste post. Como disse, discordo de boa parte dele, ou seja, há partes que concordo com o que foi discorrido.
Para começar, quero questionar, será que o medo dos homens serem traídos vem do fato da mulher estar cada vez mais independente? A mulher vem conquistando seu espaço, cada vez mais, o que acho maravilhoso! Mas isso tem relação com traição? Significa que uma mulher independente é aquela que trai sem dó, quando não está satisfeita? Isso não seria apenas uma desculpa para a falta de caráter?
O texto diz também que é grande a probabilidade do homem ser “corneado” nos dias de hoje… No entanto, ao meu entender, traição está mais relacionado com a índole do que com o fato da mulher ser moderna.
A definição de “mulher moderna” dada por Arnaldo Jabor, talvez se identifique realmente com uma boa parte das mulheres dos dias de hoje. Elas estão conseguindo conquistar reconhecimento de suas qualidades (que sempre tiveram), o que é muito bom! Embora eu não goste de “rótulos“, pois acho que cada pessoa é única, tendo características e valores próprios. Mas, infelizmente, todos nós temos o costume de rotular tudo.
Afirmar que uma mulher irá trair por ter ficado insegura em relação a seu companheiro, ao meu entender, é o mesmo que dizer que elas não tem caráter. O texto trata a traição como se fosse algo normal, na verdade, não só o texto, mas a sociedade em si. Acredito que houve, utilizando o conceito de Augusto Cury, uma psicoadaptação das pessoas em relação a traição.
Seja homem ou mulher que trai por não estar satisfeito com a companheira(o), o faz por safadeza mesmo. Não há desculpas para traição. Para mim, se está insatisfeito com a companheira, mas quer tentar salvar/manter o relacionamento, a traição não é o caminho! O melhor meio é o diálogo. Conversar sobre as insatisfações para o casal encontrar, juntos, uma solução é a melhor forma. Em casos mais extremos, antes de trair, acho mais correto terminar a relação. Por isso, discordo de Arnaldo. Não sei em que dados ele se baseou para afirmar isso, mas ainda acho que as mulheres não traem tão facilmente por insatisfação.
Quanto ao segundo item apontado, concordo com o autor, ele tem toda razão. Não só os homens, mas as mulheres também devem dizer o que sentem, dizer que ama, elogiar o que lhe agrada. Caso contrário, coisas importantes passarão despercebidas, e o relacionamento pode tomar rumos turbulentos. Mas, não necessariamente termine em traição, pois como disse antes, isso está mais relacionado ao caráter dos envolvidos.
Concordo também com o ponto em que ele diz que os homens devem maneirar na saída com amigos. Deixar a companheira só, é não ser companheiro. Então digo, sempre que possível, leve a mulher junto! Agora se for algo que é desinteressante para ela, evite. Vá uma vez ou outra no mês, para acompanhar os amigos, mas não esqueça sua companheira. No entanto, mais uma vez, não concordo que ela vá necessariamente trair, caso a deixe só. Acho mais provável e viável discutir e/ou terminar o relacionamento.
O tópico seguinte, faço questão de transcrever:
“Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.”
Desculpem-me, mas esta atitude é de mulher que “não presta”. Concordo que o homem deve manter a promessa de ligar, no entanto, procurar outro quando isso não ocorre, é o mesmo que dizer “qualquer um serve, desde que me satisfaça“. Sinceramente, me assusto com os valores implícitos nesta pequena frase. É uma atitude extremamente egoísta. Não acho que as mulheres de caráter ajam assim, independente de serem “modernas” ou não.
O parágrafo seguinte, Arnaldo enfatiza para satisfazer a mulher sexualmente. Concordo com ele plenamente. Quanto a necessidade de fazer sexo todos os dias, é uma generalização um pouco forçada (embora não seja ruim :p). Então, por exemplo, se um dia o homem tiver que fazer uma viagem de negócios, não podendo fazer sexo naquele dia, ela irá procurar outro? Acho meio estranho essa colocação. Isso não seria coisa de mulher que não se dá o valor? Pode-se fazer sempre que possível (se der todos os dias, ótimo!), pois tendo amor verdadeiro entre o casal, é algo maravilhoso! Inovar sempre, também é algo bem interessante, ao meu ver. Mas repito, a falta disso pode ser resolvida com diálogo, nunca com traição. Um pouco de compreensão de ambas as partes também é necessário.
Quanto ao conselho de dar atenção à mulher, não tenho o que falar. Concordo plenamente! Dar carinho, fazer surpresas de vez em quando (não só na cama, como sugere o texto), enfim… Se esforçar para fazer ela sorrir e não cair na rotina, é o que há! Mas tenho uma observação a fazer: a mulher também deve demonstrar o reconhecimento, quando tais atitudes a deixam feliz, pois se não demonstrar, o homem irá desanimar e, aos poucos, irá parar. A atenção deve ser mútua. Falei algo sobre isso no post sobre o romantismo nos dias de hoje.
Também concordo com o autor, em relação a jamais fazer ciuminho na parceira (e a recíproca é verdadeira). Isso corrói a confiança que um tem pelo outro e o destino do relacionamento só pode ser a separação. Por isso, acho importante o casal ter a liberdade de falar o que pensa e sente. Se por acaso, alguém próximo de um dos dois estiver incomodando, o casal pode conversar a respeito, mas sem brigar ou achar ruim, assim medidas podem ser tomadas para evitar o ciúmes. No entanto, mais uma vez reforço que, ciúmes e insegurança não justificam traição.
Outro trecho que faço questão de copiar:
“Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem… de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece…Quando você reparar… já foi.”
Meu Deus! Então o homem deve estar satisfazendo-a e paparicando-a perfeitamente sempre, pois se pisar na bola, ela sairá com o tal bonitão? Existe amor aí? O homem deve viver com esta pressão de ter que ser perfeito, caso contrário será traído? Sou totalmente discordante deste trecho, principalmente por causa do “só por um segundo” (sei que é força de expressão, mas mesmo assim, acho um absurdo! Pois, denota intolerância.). Nestas circunstâncias ela estaria sendo duplamente cruel, pois além de trair o parceiro atual, estaria usando o outro como ferramenta de castigo! Pergunto-me se estamos realmente falando sobre seres humanos… Não acredito que as ditas mulheres modernas sejam tão vingativas assim. Além de ser uma atitude que a desvaloriza completamente. Eu penso por este lado: se uma mulher tem um relacionamento sério com um homem, é porque ela o ama. No entanto, se por qualquer deslize por parte dele, ela vai sair com qualquer bonitão para descontar, então significa que ela não o ama de verdade, portanto, não há razão alguma para existir aquele relacionamento. Conclui-se, mais uma vez, que a atitude mais inteligente a se fazer é terminar a relação primeiro, antes de sair com o bonitão. No entanto, se for uma mulher decente, não vai sair com outro alguém só porque ele é bonitão, mas sairá com outro que ela gostar (não só da aparência, mas principalmente, da pessoa, de seu jeito, princípios, etc.).
Quero deixar uma observação, tudo isso que foi dito até agora (e daqui em diante), é válido para os homens também. Estou colocando as mulheres, pois este é o foco do texto que estou comentando.
Outro trecho:
“Tente estar menos “cansado”. A “mulher moderna” também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para – como diziam os homens de antigamente – “dar uma”, para depois, virar pro lado e simplesmente dormir.”
Nesse caso, concordo. E acho válido para ambos. Ao menos que seja um caso de extremo cansaço, ou se estiver doente, amar a mulher nunca é demais (e a recíproca é válida aqui também). Só acho horrível essa atitude de “dar uma“, como diz o autor, e depois virar para o lado e dormir. Mas isso é gosto meu. Acho que dá a impressão de algo assim: “Usei, cansei, agora vou dormir“. Cadê o amor? Custa uma troca de carinhos, uma conversa agradável… Não precisa ser algo longo, mas o suficiente para que ambos durmam com um sorriso no rosto. Faz muita diferença. Sexo só por prazer é vazio… Não vale a pena. Se fizer, faça com amor; faça por amor. Bom, é o meu modo de ver!
O último tópico é perfeito! Concordo plenamente! Voltar a fazer o que se fazia no início da relação, além de trazer recordações doces, vai sair da rotina. E, como Arnaldo disse, a chance dela gostar dessas coisas é grande, pois afinal, ela está com você!
A mensagem que o autor quer passar é admirável, e eu concordo plenamente, pois acho importante valorizar, proteger, amar e cuidar da companheira. A parte que eu discordo é, principalmente, sobre a facilidade com que ele diz que a mulher trai. Não é possível que as mulheres sejam tão traiçoeiras assim (e que isso seja motivo de admiração e orgulho, muito menos de caracterização da mulher moderna).
Como disse lá em cima, traição é algo que não tem desculpas. Pode ser perdoado, mas a confiança jamais será restaurada. É o fim de uma relação, ao meu ver. É uma atitude extremamente desnecessária, pois sempre há a opção do diálogo para resolver qualquer desculpa que as pessoas que traem costumam usar.
Aproveitando que estamos no assunto, queria comentar uma coisa que acho engraçada aqui em nosso país. Quando uma pessoa é traída, quem foi traído que é alvo de piadinhas e risadas e, o traidor é visto como esperto, garanhão (se for homem, principalmente)… Esses valores não estão invertidos? Quem foi traído é vítima! É uma pessoa que deveria ser acolhida, protegida. E o “alvo” deveria ser quem traiu (embora criticar não seja algo elogiável). O traidor deveria sentir vergonha! Mas, aqui no Brasil, a maioria que comete traição sente indiferença, ou superioridade, ou até orgulho. Não compreendo… No Japão, o senso comum, quando uma traição é descoberta, é o traidor quem deve baixar a cabeça para quem foi traído e pedir perdão, mesmo assim, é olhado por todos com desprezo. Acho isso muito mais coerente.
Mais uma coisa que eu gostaria de acrescentar. Na verdade é uma mensagem para quem trai ou já traiu. Talvez achem besteira, mas lembrem-se: A pessoa traída é um ser humano, tem sentimentos, se machuca e chora. Se for ferir, melhor fazê-lo terminando o relacionamento, ao invés de destruir a alma e a confiança desta com traição, que pode causar um estrago irreparável. Fica a dica!
Mas enfim, como venho dizendo ao longo da postagem, é só minha opinião!
Bom, hoje escrevi bastante! Vou encerrando por aqui!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!
No post de hoje falarei sobre os valores das pessoas atualmente. Esse tema surgiu numa conversa que tive com a Yuki~chan (na época em que este post foi originalmente escrito. Em janeiro de 2013.), o que me fez pensar sobre o assunto.
Quais são os valores das pessoas hoje? O que elas valorizam? O que importa realmente para elas? Quanto vale uma vida hoje? Eu não consigo entender completamente o que as pessoas sentem hoje. Sua visão em relação aos sentimentos como amor, amizade, raiva, etc.
Amar alguém é tão maravilhoso! Mas, quanto vale um “te amo“ hoje? Já que isto é dito tão despreocupadamente à qualquer pessoa, apenas como objetivo de conseguir uns beijos ou ir para a cama.
Beijo e sexo são, na realidade demonstrações de amor verdadeiro. Deveriam ser feitos apenas quando há sentimentos sinceros entre o casal. Esses valores, infelizmente, parecem ser antiquados nos dias de hoje. Não digo que o sexo deva ser feito apenas depois do casamento, pois há matrimônio sem amor. O que digo, é que deveriam fazê-lo somente quando há envolvimento real, profundo e recíproco. Embora eu ache bonito as pessoas que se guardam para a pessoa especial, no “pós-casamento”. No entanto, as pessoas “usam” umas as outras apenas para obterem prazer próprio.
Um exemplo que considero absurdo, foi aquela moça que leiloou sua virgindade. Não tenho palavras para descrever o tamanho do meu pasmar! Não conheço a moça, sei que não é da minha conta, afinal, o corpo é dela. Porém, fico assustado com o quanto ela mesma não se valoriza. Não a estou julgando e nem dizendo que é errado, apenas chocou os meus princípios. Ao meu ver, isso não é nada diferente das moças que vendem seu corpo na prostituição. Também não estou julgando as moças que se prostituem, cada um tem os seus motivos/gostos. Apenas estou analisando pelos meus valores, que não são, em absoluto, os mais corretos.
Além disso, a vida também é menosprezada, talvez até mais que o corpo. Pessoas são mortas por tão pouco. Como, por exemplo, no caso do jovem campineiro que foi assassinado por causa de R$7,00.
Antigamente, casos de assassinatos como este, eram absurdos, causavam revoltas e pessoas ficavam impressionadas. Hoje, percebo certo descaso com relação a esses tipos de notícias. Um sentimento do tipo “Ah! Só mais um que morreu!”. Tornou-se algo banal. Segundo li em um livro do Dr. Augusto Cury, isso é um processo chamado psico-adaptação. No entanto, não é bom nos psico-adaptarmos à violência.
Por outro lado, penso nas pessoas que cometem esse tipo de crime. Será que elas não sentem nada? Como conseguem apagar a chama de uma vida de forma tão simples? Não sabem que uma vida não tem preço? Que junto com a vida dessa pessoa, ela está arruinando a vida dos pais, parentes e familiares da vítima? Fora a tristeza dos amigos e conhecidos? Será que elas não sabem que a pessoa assassinada tinha sonhos? Tinha vontades? Tinha uma vida inteira pela frente? Meu objetivo não é julgá-las. Creio que o ideal seria compreender a raiz dessa lógica de pensamentos e atitudes (errôneas, ao meu entender), para encontrarmos soluções mais efetivas. Julgar nunca é o melhor a ser feito.
Uma das possibilidades que penso, é que talvez o egoísmo seja tão grande, que não se consegue mais enxergar que outras pessoas também possuem sentimentos, que estão vivas, amam e são amadas, são semelhantes, seres da mesma espécie, que faz parte de um mesmo todo.
Outra atitude comum, que me assusta, nos dias de hoje, são as pessoas que se aproximam uma das outras, mas não por gostarem desta, ou por amizade, mas sim por terem algum interesse. Se não houver algum ganho ou vantagem, não há mais motivos para se aproximarem, afastando-se de forma, muitas vezes, rude e/ou brusca.
Quantas pessoas me procuram quando precisam de minha ajuda, mas depois que tudo se resolve, sequer me respondem um SMS ou e-mail?
Há também, os que se aproveitam dos sentimentos que a outra tem por ela para usarem-na, e depois que ela está bem, apenas os descartam! Acho que, se não há intenção de corresponder os sentimentos de alguém, dar esperanças a este é a maior das crueldades.
O egoísmo torna as pessoas mais fechadas, pois não importa nada que não tenha a ver com seu próprio bem-estar e interesses. Isso faz com que a confiança seja frágil. Não é a toa que o ciúmes entre casais está cada vez mais forte, já que a traição é cada vez mais comum.
Algo que acho estranho, e que vejo acontecer mais aqui no Brasil, é quando uma pessoa é traída, quem traiu é bem-visto, sendo chamada de esperta. Enquanto a pessoa que foi traída é vista como trouxa, corna e outras muitas qualidades negativas, sendo motivo de risos. No Japão, pelo que sei, ser um traidor é uma vergonha, e todos apontam essa pessoa com desprezo, enquanto quem foi traído é visto como vítima, o que para mim, faz mais sentido.
Não digo que todas as pessoas estão assim, mas me entristeço ao ver a nova geração vendo esses “novos valores” como normal. As crianças estão todas muito superficiais.
Aí entra outro aberração que vejo na mídia, que se chama Big Brother Brasil! O famoso BBB. Acompanhei as primeira edições, achava diferente, o público votava nos participantes por conta das atitudes destes dentro da casa. No entanto, atualmente, ocorre a escolha de alguns participantes que vão entrar na casa, apenas pela sua aparência, como ocorreu nesta edição que está em andamento atualmente (na época em que o post original foi escrito).
Seis pessoas ficaram numa sala de vidro por alguns dias, no meio do Shopping Parque Santana, como se fossem produtos em uma vitrine, e o público que anda pelo local apenas olham a aparência delas e votam em quem acham que deve entrar na casa do BBB. Via-se muitas crianças votando, ou seja, estamos ensinando nossas crianças, futuro e esperança de nossa nação, a julgarem as pessoas pela aparência, uma atitude de pessoa superficial.
Falando nas crianças, onde está a educação? Será que estamos ensinando os pequeninos a serem pessoas valorosas, de bem, com princípios admiráveis; preparando-as para serem pessoas melhores, que enxergam o próximo com respeito e dignidade? Ou só há a preocupação desta ter um aprendizado adequado para fazer a faculdade que o(a) levará para um emprego que lhes rendam uma boa remuneração e/ou bom status?
Além disso, será que não está havendo uma superproteção dos pais, onde qualquer reclamação das crianças em relação aos professores/escola, é motivo para estes irem brigar com os responsáveis pela educação? Muitas vezes, sem querer saber se seus filhos tem alguma falta, apenas criticam a escola e seus professores, culpando-os. Creio eu que não seja dessa forma que as crianças aprenderão a ser pessoas direitas. Mesmo porque, a educação inicia-se no lar.
Existem vários assuntos que poderiam ser abordados, relacionando-se aos valores das pessoas nos dias de hoje. Apenas pincelei alguns pontos. Não vou me aprofundar e nem apresentar todos os pontos, por questão de tamanho do texto mesmo. Inclusive, minha conversa com a Yuki não foi tão aprofundada assim, mas foi o que me fez escrever este post.
No entanto, quero que com este, quem conseguir ler até aqui (aliás, muito obrigado!), que refletisse um pouco sobre tudo isso. Será que estamos pensando suficientemente nas pessoas ao nosso redor? Ou estamos tão preocupados com nossos objetivos, sonhos, bem-estar e problemas, que estamos nos esquecendo que todos somos humanos, e todos também possuem preocupações? Será que, sem perceber, não estamos passando por cima dos sentimentos de alguém? É preciso lembrar que nosso modo de agir influencia muito quem está conosco. Estamos reparando se nossa atitude está machucando ou preocupando alguém? Estamos enxergando, se as pessoas que lhes são importantes estão bem? Se não estão tristes ou com problemas?
Vamos construir um futuro melhor para a nova geração? Esse é meu pedido a quem ler este singelo artigo.
Bom, por hoje é só!
E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos!